Não tem nenhuma conversação nesse sentido, diz Bolsonaro sobre embaixada a Temer
Sem responder diretamente, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), sinalizou nesta quarta-feira (14) que o presidente Michel Temer (MDB) não deverá ser nomeado embaixador em Roma, na Itália, possibilidade aventada nos últimos dias pela imprensa.
"Quem estiver devendo para a Justiça, não terá a mínima chance de continuar num governo meu. Quem não estiver devendo, pode até conversar", declarou Bolsonaro, ao ser questionado sobre a possibilidade de Temer ou do atual ministro das Relações Exteriores, o senador licenciado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), terem algum cargo vinculado ao Itamaraty.
"Não tenho conversação nenhuma com nenhum integrante do governo para conseguir uma embaixada fora do Brasil ou ocupar ministério. Não temos nenhuma conversação desse sentido", disse o presidente eleito.
"Mas e o Temer?", questionou um repórter. "Eu já respondi essa pergunta a você", concluiu Bolsonaro. Ele não citou qualquer processo, mas o emedebista já foi alvo de duas denúncias da PGR (Procuradoria-Geral da República), ambas suspensas pela Câmara, à Justiça e é investigado em dois inquéritos em andamento no STF (Supremo Tribunal Federal).
De acordo com o artigo 102 da Constituição Federal, chefes de missões diplomáticas em caráter permanente têm foro privilegiado, e são processados pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
A resposta foi dada em entrevista coletiva após o anúncio do nome do futuro chanceler do Itamaraty, o embaixador Ernesto Araújo, no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília. O local serve como base da equipe de transição do governo Bolsonaro.
Em encontro na semana passada, no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que, "se preciso for", seu governo voltará a pedir o atendimento de Temer "porque tem muita coisa que continuará".
"O Brasil não pode se furtar do conhecimento daqueles que passaram pela Presidência. Ele será útil a todos nós", declarou.
Nesta segunda-feira (12), ao site "O Antagonista", ele foi questionado sobre a possível indicação de Temer e disse que "nada foi falado sobre embaixador para a Itália".
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