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Temer diz entregar a Bolsonaro país "completamente diferente" e com "finanças em ordem"

7.nov.2018 - Temer e Bolsonaro juntos no Palácio do Planalto - Renato Costa/Folhapress
7.nov.2018 - Temer e Bolsonaro juntos no Palácio do Planalto Imagem: Renato Costa/Folhapress

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

15/11/2018 20h30Atualizada em 15/11/2018 20h33

Em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão em comemoração à Proclamação da República, comemorada nesta quinta-feira (15), o presidente Michel Temer (MDB) afirmou que entregará a seu sucessor, Jair Bolsonaro (PSL), um Brasil “completamente diferente” daquele que recebeu e com as “finanças em ordem”.

Nesta quinta, o Brasil celebra 129 anos da Proclamação da República, que marcou o fim da monarquia. O movimento foi liderado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que se tornou o primeiro presidente do país.

“Encontrarão as finanças em ordem, a inflação sob controle, as contas públicas organizadas, as exportações crescendo, obras sendo concluídas, gestão aprimorada, agricultura batendo recordes de produção. Tudo como determinam os princípios republicanos. Enfim, é um Brasil completamente diferente daquele que recebi”, declarou Michel Temer sobre o futuro governo.

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Na fala, o presidente disse que assumiu o governo federal “na mais grave crise econômica da nossa história”, mas que, trabalhando "muito", conseguiu vencer a recessão, embora os desafios ainda sejam “imensos”.

O presidente ressaltou estar promovendo uma transição transparente para a equipe do novo governo e desejou sucesso a Bolsonaro. Em sua avaliação, não é mais momento de a população ficar dividida politicamente.

“Afinal, o sucesso do presidente Jair Bolsonaro será o sucesso de todo nosso país. Insisto na nossa união para construirmos um futuro melhor. A hora da divisão já passou. Agora somos um só país, uma só nação, um só Brasil”, afirmou.

Ao longo do pronunciamento, Temer reafirmou que a República consiste na “alternância de governos de tempos em tempos, é a temporariedade de mandatos” e que, a cada quatro anos, ao ser consultado, o povo detém o poder para escolher quem quer que o governe.

“Essa comemoração tem uma razão especialíssima neste ano. E isso porque nossa democracia se manifestou, com vigor extraordinário, ao eleger os dirigentes de nosso país pelos próximos quatro anos”, comentou.

O presidente, que era vice de Dilma Rousseff (PT) e assumiu oficialmente o poder em 2016, após o impeachment da antecessora, afirmou que as instituições estão fortes e estáveis e que o Brasil vive “um dos mais longos ciclos democráticos de nossa história que, na verdade, sempre foi repleta de interrupções na normalidade institucional”. Ele ainda citou o aniversário de 30 anos da atual Constituição Federal, comemorados em outubro, e falou que, agora, a missão é manter o país unido e pacificado.

Até a última atualização desta reportagem, Jair Bolsonaro não havia se manifestado em relação às comemorações da Proclamação da República. Ele passou o dia em sua residência no Rio de Janeiro e recebeu a visita do pastor Silas Malafaia.