Doria nega relação entre mortes em Campinas e flexibilização de armas
O governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), negou nesta quarta-feira (12) que o atentado ocorrido nesta terça (11) em Campinas, em que um homem matou a tiros cinco pessoas, possa ser relacionado com uma possível flexibilização de porte de armas.
Doria prestou solidariedade às vítimas do atentado e às pessoas afetadas pela ação, mas preferiu não vincular o fato ou comentar seus efeitos se o porte de armas for flexibilizado. A facilitação é uma das principais bandeiras do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e deve voltar a ser discutida no Congresso Nacional em 2019.
"Foi fruto do desequilíbrio de uma pessoa. Não foi um ato planejado por um criminoso e, sim, uma pessoa desequilibrada, tudo indica que [...] Não há relação, portanto, com o tema de flexibilização ou não do porte de armas. Acho que esse é um debate que tem de prosseguir", declarou.
Entenda como foi o ataque
Imagens de uma câmera interna da catedral de Campinas (SP) mostram que o atirador estava sentado em um banco próximo aos fundos da igreja. Ele se levanta e atira em pelo menos três pessoas atrás dele. Duas delas permanecem caídas enquanto uma outra se levanta e vai em direção à porta. Enquanto isso, um grupo de pessoas que estava do lado oposto da igreja também vai em direção à porta. O homem então passa a atirar em direção a elas.
Uma pessoa que estava no centro da catedral fica no chão. O homem então vai até o corredor, atira em direção à saída da igreja e caminha até ela. Ele recarrega a arma e, enquanto isso, uma mulher escondida entre os bancos se levanta e consegue escapar. O atirador caminha em direção ao altar e sai do campo de visão da câmera. As próximas imagens mostram dois policiais entrando na igreja.
De acordo com a PM, enquanto atirava, Euler Fernando Grandolpho foi atingido por um disparo efetuado por policiais e, ferido, se suicidou --o que, na avaliação da corporação, impediu que o homem continuasse atirando contra quem estava dentro da igreja.
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