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Sediar COP-25 poderia "constranger" governo a tomar decisões, diz Bolsonaro

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), durante evento em Brasília - Rafael Carvalho/Divulgação
O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), durante evento em Brasília Imagem: Rafael Carvalho/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

15/12/2018 14h51

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou neste sábado (15) que o Brasil retirou sua candidatura a sede da COP-25 --a próxima conferência climática mundial da ONU (Organização das Nações Unidas), em 2019, porque o país poderia ser "constrangido" a tomar decisões que requerem mais tempo para análise. 

O Ministério das Relações Exteriores informou a ONU sobre a decisão tomada pelo governo Temer no final de novembro. Na ocasião, Bolsonaro disse que teve participação na decisão. "Eu recomendei para que se evitasse a realização desse evento aqui no Brasil", afirmou. 

Em sua conta no Twitter, o futuro presidente disse que a decisão também teve razões financeiras.

"Abrimos mão de sediar a Conferência Climática Mundial da ONU pois custaria mais de R$ 500 milhões ao Brasil e seria realizada em breve, o que poderia constranger o futuro governo a adotar posições que requerem um tempo maior de análise e estudo."

Na postagem, Bolsonaro faz uma referência ao Estadão, o jornal "O Estado de S .Paulo", mas sem explicar o motivo.

Três horas antes, a conta do jornal no Twitter havia publicado um link do blog BR 18, com o título "Chile vai sediar conferência que Brasil esnobou".

 Em novembro, o Itamaraty justificou a decisão dizendo que, "tendo em vista as atuais restrições fiscais e orçamentárias, que deverão permanecer no futuro próximo, e o processo de transição para a recém-eleita administração, a ser iniciada em 1º de janeiro de 2019, o governo brasileiro viu-se obrigado a retirar sua oferta de sediar a COP 25".

Após a desistência do Brasil, o Chile foi oficializado, na sexta-feira (14), como o país-sede do evento.