Após Réveillon na Granja e posse, Bolsonaro se mudará para o Alvorada

Após passar a virada do ano na residência oficial da Granja do Torto e participar de todas as solenidades relacionadas à posse nesta terça-feira (1º), o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), se mudará com a família para o Palácio da Alvorada, segundo a assessoria do governo de transição.
A intenção é que, na primeira noite como presidente, ele já durma no palácio projetado para abrigar o mandatário do Brasil e sua família. A expectativa é que esteja acompanhado da mulher, Michelle, da filha caçula, Laura, e da enteada, Letícia. Até o momento, eles não contam com um animal de estimação.
Bolsonaro será o primeiro presidente a ocupar o Alvorada em mais de dois anos. O último ocupante foi a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que saiu do palácio em setembro de 2016, após o impeachment. O então vice-presidente, Michel Temer (MDB), preferiu permanecer no Palácio do Jaburu, embora tenha experimentado - e desistido - se instalar no Alvorada.
A assessoria do Planalto informou que Temer e sua família seguirão para São Paulo, onde mantêm residência, logo após a posse. O novo morador do Jaburu será o futuro vice-presidente, general Antônio Hamilton Mourão, junto à mulher, Paula.
Ao longo do governo de transição, Bolsonaro morou no apartamento funcional da Câmara, no bairro da Asa Norte, e na Granja do Torto, outra residência oficial da Presidência no Distrito Federal, que se assemelha a uma chácara.
O último compromisso oficial da posse nesta terça acontece às 19h no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, onde o governo brasileiro oferecerá uma recepção a autoridades estrangeiras presentes. Ao término do evento, previsto para 20h30, Bolsonaro deverá seguir para o Alvorada.
A residência fica a cerca de 5 km da Esplanada dos Ministérios. De carro, é possível ir de um ponto ao outro em menos de 10 minutos.
O palácio faz parte das residências oficiais da Presidência da República e foi desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Inaugurado em junho de 1958, foi o primeiro prédio de alvenaria a ser construído na capital federal e se localiza em uma península que divide o lago Paranoá entre os bairros do Lago Sul e Lago Norte.
O Alvorada é composto por três pavimentos, sendo subsolo, térreo e primeiro andar, com salões amplos, jardins planejados, capela, quadras esportivas e dezenas de obras de arte. No piso superior do prédio fica a área íntima, de circulação reservada para os moradores, com quatro suítes, entre outros aposentos.
No início de 2017, quando se mudou para a residência - onde ficou menos de 20 dias e, depois, retornou ao Palácio do Jaburu, destinado ao vice-presidente -, Michel Temer mandou instalar uma rede de proteção na sacada até o teto do primeiro andar a fim de evitar uma queda acidental do filho caçula, Michelzinho. Após a saída da família Temer do Alvorada, a rede permaneceu. Questionado pelo UOL, o governo de transição não informou se o material continuará no local.
Sem morador permanente, a residência oficial costumava ficar aberta à visitação pública, mas, neste mês, foi suspensa para os preparativos da recepção à família Bolsonaro. Pequenas reformas e mudanças para readequar o palácio à ambientação original pensada por Anna Maria Niemeyer, filha de Oscar, foram realizadas durante a gestão Temer.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, evangélica, Michelle Bolsonaro pediu que obras de arte com imagens sacras fossem transferidas do Alvorada ao Jaburu. O presidente eleito negou que o pedido tenha sido feito.
Assim como Bolsonaro, Mourão e a mulher se mudarão para a respectiva residência oficial, o Palácio do Jaburu, nesta terça, de acordo com a assessoria. A mudança com pertences pessoais deverá acabar de chegar nesta semana ao local. O casal não conta com um animal de estimação, informou a assessoria, mas Mourão costuma montar um cavalo que permanece nas dependências do Exército.
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