Camisa com estampa da faixa presidencial é hit para a posse

Centenas de milhares de brasileiros devem viajar a Brasília para acompanhar a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
Eles querem estar vestidos a caráter para o evento e a camiseta que vem com a faixa presidencial estampada, encontrada com qualquer ambulante, caiu no gosto destas pessoas.
"De cada 15 camisetas que vendemos, dez têm a faixa na frente. Quando os clientes batem o olho, já perguntam o preço", conta Lucicleide Lima, 38, que esticou um varal próximo à rodoviária de Brasília.
Ela revela que cada peça, independentemente da estampa, sai por R$ 20. As bandeiras do Brasil custam R$ 30. Lucicleide mora em São Paulo e foi com o marido e dez vendedores a Brasília apoiar o candidato que elegeu e fazer algum dinheiro.
A clientela é formada por pessoas que chegaram um dia antes da posse e aproveitam o tempo livre para passear pelos lugares que aparecem nos telejornais. A avaliação de Lucicleide é que o movimento está razoável, mas a tendência é as vendas esquentarem bastante no dia da posse.
O ambulante Ênio Andrade, 40, montou seu varal de roupas ao lado de Lucicleide. Morador de Brasília, ele reitera que a camiseta com a faixa é o sucesso da posse. "Só consegui trazer 240 camisetas e elas estão indo rápido. As que têm estampa da faixa estão quase acabando. De cada cinco que vendo, quatro são desse modelo."
Vera Margini, 69, comprou um modelo com a faixa presidencial estampada. "Esta camiseta tem uma faixa igual à que o Bolsonaro vai receber amanhã (terça-feira). Tudo aquilo que fiz por ele na campanha vai se tornar realidade e eu vou ter uma réplica da faixa,"
Policial manda fazer terno verde-amarelo
Sargento da Polícia Militar de Minas Gerais, Wellington Augusto Helena, 56, passou reto pelos ambulantes. O morador de Barbacena veio preparado para o evento.
"Vai ser uma virada de ano e uma virada no país. Eu mandei fazer um terno verde e amarelo, as cores da bandeira. Até me chamaram de doido."
Quem não está tão preparado quanto Wellington pode recorrer a outra opção oferecida pelos ambulantes. Eles vendem uma camisa que, na frente, é igual à da seleção brasileira --com direito ao escudo da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o símbolo da Nike. Nas costas, aparece a imagem do presidente eleito e o slogan de campanha.
A rodoviária, estande para a venda desses modelos, é o limite onde veículos podem chegar da área da cerimônia de posse e na frente da Granja do Torto, local em que o presidente eleito aguarda o evento.
Nenhum desses locais está lotado. A rotatividade é muito grande porque as pessoas chegam, tiram fotos e vão conhecer o restante da cidade. De plantão mesmo, somente jornalistas.
Bolsonaro estampa até chaveiro
Luciana Carla Spinelli Martins, 43, vende chaveiros. Moradora do Rio de Janeiro, ela criou um em que Bolsonaro aparece simulando uma arma e deixou na portaria da casa dele no Rio como presente. A imagem foi postada no Facebook dela e as amigas gostaram tanto que fizeram encomendas. O presente virou negócio.
Como precisa montar os chaveiros, foi possível levar somente 200 para Brasília. O número se mostrou insuficiente. No começo da tarde, eram somente oito à disposição. Além de fazer um dinheirinho e homenagear o presidente eleito, Luciana descobriu um talento. "Nunca tinha feito nada de artesanato. Agora tem algo que gosto de fazer."
O vendedor de camisas João Dias, 51, é locutor de vaquejada em São Bento (PB) e queria ver a posse. Levou camisas para vender e conseguir pagar pela viagem e notou uma diferença no perfil das pessoas conforme o dia da posse se aproxima. "Até domingo (30/12) havia gente com mais dinheiro. A partir de hoje (segunda-feira), o povão começou a aparecer."
Todos os ambulantes apostam em ruas cheias e estoques vazios ao final da cerimônia de posse. Eles dizem que seria como começar o ano "com o pé direito".
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