PGR pede suspensão de ação contra Bolsonaro por fala de 'fuzilar' petistas

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu nesta quarta-feira (9) a suspensão de uma representação criminal feita por PT, PCdoB e Pros contra Jair Bolsonaro (PSL) até o fim do mandato do presidente.
Os partidos, que formavam a coligação O Povo Feliz de Novo, processaram Bolsonaro no STF (Supremo Tribunal Federal) em setembro por conta da declaração do então candidato e deputado federal em que defendeu "fuzilar a petralhada". Depois, Bolsonaro disse ter usado uma "figura de linguagem" e que "ninguém quer matar ninguém".
Ontem, o STF foi formalmente comunicado de que Bolsonaro renunciou ao mandato na Câmara para assumir a Presidência da República -- e a Constituição prevê que um presidente "não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções."
Por isso, após a formalização da renúncia de Bolsonaro na Câmara e de sua posse como presidente, Dodge pediu "a suspensão da presente representação e do curso do prazo prescricional dos crimes nela referenciados até o final da investidura do requerido, no cargo de Presidente da República".
Bolsonaro ainda é réu em outras duas ações criminais no STF, que correm em conjunto, sob acusação de incitar o crime de estupro quando declarou à deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) que não a estupraria porque ela "não merece".
Até o momento da publicação deste texto, não havia manifestações da PGR (Procuradoria-Geral da República) nestes dois processos, mas é possível que eles também sejam suspensos com base no mesmo princípio da Constituição citado na representação aberta pela coligação do PT.
Em agosto, a 1ª Turma do STF rejeitou, por 3 votos a 2, uma denúncia pelo crime de racismo contra Bolsonaro.
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