Alvorada terá novas películas para proteger obras de arte milionárias

A Presidência da República vai instalar novas películas na fachada de vidro do Palácio da Alvorada para proteger obras de arte que adornam a residência oficial. Ao todo, serão revestidos 1.790 m² de vidro ao custo máximo previsto de R$ 92.274,50.
Um edital de pregão eletrônico foi lançado para a "aquisição e instalação de película de controle solar e de segurança específica para museus". A abertura das propostas está marcada para a próxima segunda-feira (14).
A iniciativa foi tomada após inspeção técnica de equipe do Banco Central nas obras de arte cedidas temporariamente à Presidência pela instituição. O acordo em vigor foi assinado em julho de 2016 e é válido até julho de 2021.
Como parte de vistoriais semestrais, em novembro do ano passado, os técnicos do banco atualizaram o inventário e conferiram as condições ambientais dos locais em que as obras estão expostas, no Alvorada. Foram verificados, por exemplo, luminosidade, temperatura e umidade.
O palácio abriga seis obras de arte cedidas pelo BC, estimadas em R$ 5,1 milhões, ao todo. São elas "Morro de Ubatuba" e "Natureza Morta", de Aldo Bonadei; "Fachada com oval", de Alfredo Volpi; "Céu" e "Abstração", de Vicente do Rego Monteiro; e "Vaqueiro", de Aldemir Martins. A obra avaliada em maior valor é a "Fachada com oval": R$ 4 milhões.
O Banco Central informou que todas estão em sua integridade e em bom estado de conservação. Ainda assim, a instituição solicitou a instalação de películas nos vidros para o controle da luz do sol nas obras, de acordo com o edital da Presidência. Algumas películas existentes também estão danificadas e precisam ser substituídas.
As novas películas terão as mesmas características das utilizadas em museus. Embora transparentes, bloquearão pelo menos 98% dos raios ultravioleta e contarão com camada de segurança contra rupturas. Além de preservar as obras de arte, vão proteger outros objetos de valor, como móveis, tapetes, antiguidades, tecidos e madeiras.
Segundo a Presidência, as películas não vão prejudicar a transparência dos vidros e vão manter o visual da fachada do Alvorada como concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Atualmente, os vidros do palácio contam com uma película de segurança, mas são comuns, não temperados.
Bolsonaro e família já moram no Alvorada
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) se mudou para o Palácio da Alvorada na noite de quinta para sexta-feira passada (4) junto com a primeira-dama, Michelle, a filha, Laura, de 8 anos, e a enteada, Letícia.
Ao longo do governo de transição, Bolsonaro morou no apartamento funcional da Câmara dos Deputados e na Granja do Torto, outra residência oficial da Presidência, que se assemelha a uma chácara.
Bolsonaro será o primeiro presidente a ocupar o Alvorada em mais de dois anos. O último ocupante foi a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que saiu do palácio em setembro de 2016, após o impeachment. O ex-presidente Michel Temer (MDB) preferiu permanecer no Palácio do Jaburu, embora tenha experimentado - e desistido - se instalar no Alvorada.
A assessoria do Planalto informou que Temer e sua família seguiram para São Paulo, onde mantêm residência, logo após a posse de Bolsonaro. O vice-presidente, general Antônio Hamilton Mourão, e sua mulher, Paula, já estão morando no Jaburu desde o dia 1º de janeiro.
O Palácio da Alvorada fica a cerca de 5 km da Esplanada dos Ministérios. De carro, é possível ir de um ponto ao outro em menos de 10 minutos. O palácio faz parte das residências oficiais da Presidência da República e foi desenhado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Inaugurado em junho de 1958, foi o primeiro prédio de alvenaria a ser construído em Brasília e se localiza em uma península que divide o lago Paranoá entre os bairros do Lago Sul e Lago Norte.
O Alvorada é composto por três pavimentos, sendo subsolo, térreo e primeiro andar, com salões amplos, jardins planejados, capela, quadras esportivas e dezenas de obras de arte. No piso superior do prédio fica a área íntima, de circulação reservada para os moradores, com quatro suítes, entre outros aposentos.
Sem morador permanente, a residência oficial costumava ficar aberta à visitação pública, mas, foi suspensa para os preparativos da recepção à família Bolsonaro.
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