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Após ser exonerado, ministro diz que retorna ao cargo na quinta

Lúcio Bernardo Junior - 21.set.2017/Câmara dos Deputados
Imagem: Lúcio Bernardo Junior - 21.set.2017/Câmara dos Deputados

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

06/02/2019 08h02Atualizada em 06/02/2019 09h25

Após ter sido exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesta quarta-feira (6), o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), disse que retornará ao cargo na quinta-feira (7). Eleito deputado federal por Minas Gerais, a medida foi necessária para que ele tomasse posse na Câmara.

A exoneração foi publicada na edição desta quarta do Diário Oficial da União. Ela é assinada por Bolsonaro e pelo ministro da Justiça, Sergio Moro.

Na última sexta-feira (1º), Bolsonaro exonerou três de seus ministros --entre eles, o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), da Casa Civil-- para que pudessem tomar posse do cargo e participar da eleição que elegeu Rodrigo Maia (DEM-RJ) como presidente da Câmara. Os três retornaram a seus ministérios após a eleição.

O ministro do Turismo não foi exonerado para tomar posse na semana passada porque ele estava em licença médica, informou a pasta ao UOL. Ele havia sido submetido a uma angioplastia. A pasta informou que a exoneração foi uma "mera formalidade".

Antônio é suspeito de ter patrocinado um esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais, conforme revelou o jornal "Folha de S.Paulo" na última segunda-feira (4). Ele teria direcionado verbas públicas de campanha para empresas ligadas a seu gabinete na Câmara.
 

Sobre a denúncia do jornal, o ministro disse que "todas as contratações da minha campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral" e negou irregularidades.

Antônio foi reeleito deputado federal em 2018, tendo obtido pouco mais de 230 mil votos.

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