Exército vai usar inteligência artificial nas redes para atrair jovens
Uma das principais apostas de comunicação do Exército será aumentar a interatividade com os jovens e incentivá-los a ingressar na instituição não só pelo serviço militar obrigatório, mas nas escolas preparatórias para seguir carreira na instituição, segundo afirmou o general Richard Fernandez Nunes, chefe da comunicação social do Exército, em entrevista ao UOL.
Para isso, o Exército trabalha na criação de uma ferramenta de inteligência artificial em redes sociais e em sites da instituição para responder questionamentos da população.
"Nós temos um mecanismo em que perguntas e respostas poderão ser feitas com muito mais agilidade e de uma maneira muito mais amigável para que a juventude possa, dialogando com esse nosso militar virtual, tirar suas dúvidas e participar melhor das nossas rotinas".
Nunes disse que não pode dar mais detalhes antes do lançamento, mas a reportagem apurou que inicialmente a ferramenta terá um funcionamento similar a assistentes virtuais de portais, bancos e sites em que o usuário formula uma pergunta específica e recebe reposta customizada do assistente. A ferramenta aumenta sua eficácia conforme o número de interações cresce. Não está claro se o assistente terá uma identidade visual específica.
A ideia inicial é atrair jovens talentos diversificados para os quadros do Exército. No futuro, o projeto deve ser expandido para tentar aumentar a integração com todos os segmentos da sociedade.
Mudança de estilo do comandante
Dono de um estilo diferente de seu antecessor, o novo comandante do Exército, Edson Leal Pujol, não deve usar uma conta pessoal no Twitter para tratar dos assuntos da instituição -- ao menos no período inicial de seu comando. O contato direto com a população nas redes sociais será feito pelas contas do Exército e terá entre seus objetivos principais a interatividade com os jovens, relatou Nunes. Pujol não tem conta pessoal no Twitter, mas há perfis falsos atribuídos a ele na rede social.
O antigo comandante do Exército, general da reserva Eduardo Villas Bôas, se destacou por usar sua conta pessoal no Twitter para expor ao público não só os temas do Exército, mas a posição política da instituição. Seus principais tuítes atingiam mais de 450 mil seguidores diretos e imediatamente ressoavam na imprensa.
A maior repercussão ocorreu em abril de 2018, quando o então comandante publicou, às vésperas do julgamento de um habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um tuíte repudiando a impunidade. Críticos interpretaram como uma forma de pressão ao Supremo. Villas Bôas disse que precisava ter o "domínio da narrativa" em um momento crítico, quando militares da reserva e civis ligados ao Exército se pronunciavam de forma cada vez mais "enfática".
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