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Após atritos, Moro vai à Câmara na terça para debater pacote anticrime

O ministro da Justiça, Sergio Moro, em evento de segurança no Rio de Janeiro - MARCELO FONSECA - 4.abr.2019/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro da Justiça, Sergio Moro, em evento de segurança no Rio de Janeiro Imagem: MARCELO FONSECA - 4.abr.2019/ESTADÃO CONTEÚDO

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

03/04/2019 17h04Atualizada em 03/04/2019 17h32

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, irá à Câmara dos Deputados na próxima terça-feira para discutir o pacote anticrime que tramita no Congresso Nacional. A informação foi confirmada hoje pela coordenadora do Grupo de Trabalho da Câmara responsável por analisar o projeto, a deputada Margareth Coelho (PP-PI), após reunião com o ministro.

Margareth disse que a reunião deverá ser apenas entre Moro e os integrantes do grupo de trabalho, criado pelo presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para analisar as mudanças na legislação apresentadas pelo ministro.

A deputada disse que o cronograma final para os trabalhos do grupo será finalizado amanhã (4) e que a análise deverá ser finalizada dentro do prazo de 90 dias fixado por Maia. Como o grupo foi criado na segunda quinzena de março, a estimativa é que o grupo de trabalho encerre suas atividades até a segunda quinzena de junho.

Margareth disse, no entanto, que é possível acelerar a análise.

"Dependendo do decorrer do trabalho, a intenção é acelerar, é não utilizar todo esse prazo", afirmou.

A deputada disse ainda que a tramitação do pacote anticrime no Senado, capitaneada pela senadora Eliziane Gama (PPS-MA), não deverá atrapalhar o andamento do projeto na Câmara.

"Absolutamente [não]. Acho que esse trabalho pode ser contributivo. Quanto antes começar o debate, mais rápido chegaremos a um bom resultado", afirmou.

Polêmica e trégua

O pacote anticrime apresentado por Sergio Moro é visto como a principal bandeira da gestão do ministro. A matéria foi alvo de polêmica depois que ele e o presidente da Câmara se desentenderam sobre o andamento do projeto.

Maia criou um grupo de trabalho para analisar o projeto, o que, em tese, faria a tramitação andar mais lentamente.

Moro queria um andamento mais rápido. Os dois chegaram a trocar farpas sobre o assunto, mas, aparentemente, a situação foi contornada. Na semana passada, os dois tomaram café juntos e afirmaram que o desentendimento estava superado.