Chamado de "inimigo" por Bolsonaro, executivo da Globo vai ao Planalto
Chamado de "inimigo" pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) em conversa com o ex-ministro Gustavo Bebianno em fevereiro deste ano, o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo, compareceu hoje a uma cerimônia no Palácio do Planalto que lançou uma nova campanha de publicidade a favor da reforma da Previdência.
Em áudios de conversas de Bolsonaro com Bebianno revelados à época, o presidente critica o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência por ter marcado na agenda uma audiência com Tonet no Planalto, o que acabou culminando na demissão de Bebianno.
"Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto: eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para as outras emissoras? Que nós estamos se aproximando da Globo. Então não dá para ter esse tipo de relacionamento. Agora? Inimigo passivo, sim. Agora? Trazer o inimigo para dentro de casa é outra história", falou Bolsonaro a Bebianno.
"Pô, cê tem que ter essa visão, pelo amor de Deus, cara. Fica complicado a gente ter um relacionamento legal dessa forma porque cê tá trazendo o maior cara que me ferrou -- antes, durante, agora e após a campanha -- para dentro de casa. Me desculpa. Como presidente da República: cancela [a agenda], não quero esse cara aí dentro, ponto final. Um abraço aí", acrescentou em seguida.
Apesar da crítica a Bebianno por parte de Bolsonaro, Tonet já havia se reunido com outros três ministros no Planalto: Santos Cruz (Secretaria de Governo), Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Em discurso no início do evento de hoje, Tonet teve a presença citada pelo secretário especial de Comunicação, Fábio Wajngarten. Tonet foi apresentado como "presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão e diretor da Rede Globo".
Outros nomes citados por Wajngarten que estiveram no evento foram o presidente da RedeTV, Amilcare Dallevo; o vice-presidente da RedeTV, Marcelo de Carvalho; o presidente da RecordTV, Luiz Claudio Costa; o vice-presidente do Grupo Bandeirantes, Paulo Saad; o diretor do SBT, Roberto Franco; e o diretor-executivo do SBT, Fernando Fischer.
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