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Não confio no STF e em mais da metade dos parlamentares, diz manifestante

Marilene L. Sales, 62, e o marido Moises Evangelista, 54, no ato de apoio ao governo Bolsonaro na avenida Paulista, em São Paulo - Mirthyani Bezerra/UOL
Marilene L. Sales, 62, e o marido Moises Evangelista, 54, no ato de apoio ao governo Bolsonaro na avenida Paulista, em São Paulo Imagem: Mirthyani Bezerra/UOL

Mirthyani Bezerra

Do UOL, em São Paulo

26/05/2019 15h29

A agente escolar Marilene Lopes Sales, 62, disse que largou tudo o que tinha para fazer em casa para ir com o marido Moises Evangelista, 54, ao ato em apoio ao governo Jair Bolsonaro (PSL) em São Paulo. Ela saiu de Osasco, na Grande São Paulo, para "lutar a favor do nosso Brasil, contra a corrupção, primeiramente, e pela democracia" e para que voltem os "bons costumes e o respeito".

"Estou aqui contra essa sujeirada que está no Congresso, esses políticos sujos, que revoltam o nosso país", disse. Ela incluiu os tribunais superiores entre seus alvos. "Eu não confio no STF (Supremo Tribunal Federal), no STJ (Superior Tribunal de Justiça), não confio em muito mais da metade dos parlamentares. Eles não são de confiança e estão em prol dos seus interesses próprios", disse.

Para a agente escolar, os parlamentares não querem aprovar as reformas propostas pelo governo Bolsonaro porque eles só pensam "em interesse próprio".

"Precisamos ajudar o nosso presidente a lutar contra a corrupção e a aprovar [suas reformas] para ajudar o Brasil a crescer. Precisamos aprovar a reforma da Previdência, se não o Brasil vai falir", disse.

Ela diz que tem dois filhos e quatro netos e que foi ao ato lutar pelo futuro deles. Ela diz que os jovens precisam saber da verdade e que a mídia engana -- ela própria acha que estava sendo enganada desde a redemocratização.

"Esse ano comecei a conhecer os youtubers de direita, pessoas que apoiam verdadeiramente o Brasil. Eu me informo pelas redes sociais e canais de direita. Não assisto mais a mídia, são tudo esquerdopata [sic] que nos enganaram durante muitos anos", disse. "Deus abriu os meus olhos", completou.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.