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Ministro do Turismo pede licença de 7 dias por "assuntos particulares"

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) - Jake Spring - 16.jan.2019/Reuters
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) Imagem: Jake Spring - 16.jan.2019/Reuters

Do UOL, em São Paulo

19/07/2019 18h45

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), vai se licenciar do cargo por uma semana, sem remuneração, para "tratar de assuntos particulares". A informação foi confirmada em nota pela própria pasta. Ele volta aos trabalhos no próximo dia 29.

É o segundo ministro que pede licença não-remunerada neste mês do governo de Jair Bolsonaro (PSL). No último dia 8, Sergio Moro, responsável pela pasta da Justiça e Segurança Pública, também pediu afastamento por questões particulares.

Moro, cuja assessoria esclareceu à época que a licença era não remunerada e tinha como objetivo uma viagem com a família, deve voltar ao cargo de ministro no próximo dia 22.

Antônio e Moro estão em posições delicadas no Executivo. O primeiro está envolvido em uma investigação sobre candidaturas laranjas no estado de Minas Gerais financiadas com dinheiro público, como revelado pela Folha de S. Paulo.

Durante a eleição de 2018, ele era o presidente do diretório mineiro do PSL. Coube a Antônio escolher os candidatos que disputariam o pleito e, consequentemente, os valores destinados a partir do Fundo Partidário. No último dia 27, o assessor especial do ministro, Mateus Von Rondon, chegou a ser preso pela PF (Polícia Federal) - ele foi solto cinco dias depois. Rondon seria o principal elo entre o ministro e o esquema de candidaturas laranjas.

Marcelo Álvaro Antônio nega todas as acusações.

Já Moro está imerso em uma discussão sobre sua parcialidade nos processos da Operação Lava Jato, após o site The Intercept Brasil revelar conversas entre o ex-juiz e os procuradores da Força-Tarefa. Os diálogos, entre outras questões, indicam que Moro interferia diretamente nas operações, sugeria testemunhas e atuava como uma espécie de chefe da operação.

O ministro tem questionado a autenticidade das mensagens. Ele diz ainda que o conteúdo revelado até agora, além de poder ter sido forjado ou obtido ilegalmente, não contém irregularidades.