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Bolsonaro promete "varrer esta turma vermelha do Brasil" em evento no Piauí

Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL, em São Paulo

14/08/2019 11h19Atualizada em 14/08/2019 12h51

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), durante inauguração de uma escola em Parnaíba no Piauí, voltou a falar sobre tirar uma suposta ameaça comunista do país e prometeu "varrer a turma vermelha do país" na próxima eleição. Ao lado do prefeito Francisco de Moraes Souza, o Mão Santa (MDB), o presidente inaugurou uma escola militarizada batizada com o seu nome.

Nas próximas eleições, vamos varrer essa turma vermelha no Brasil. Já que a Venezuela está bom, vamos mandar para lá. Quem quiser ir mais para o Norte, vai para Cuba
Presidente Jair Bolsonaro

"Estou aqui por um Milagre de Deus, que me deu a vida em um segundo momento. Agora estou aqui pelas mãos de muitos de vocês e pela confiança desse mandato presidencial. Estamos mostrando que o Brasil vai dar certo, tem tudo para dar certo e vai dar certo", disse o presidente.

Durante o discurso, Bolsonaro fez elogios a Mão Santa. O hoje prefeito de Parnaíba teve o mandato como governador cassado em 2001 por acusações de corrupção.

"Estive aqui no início de 2017 e fui muito bem recebido pelo prefeito Mão Santa e por grande parte de vocês. Andamos o Brasil todo e aqui foi um dos locais onde fui recebido com maior calor humano. Naquele tempo, quando andei por aqui quase sozinho, quase ninguém acreditava na gente, mas o Mão Santa acreditou. Conversei com ele por algumas horas, ouvindo atentamente o homem que, por vezes, ouvi os discursos de mais de uma hora no Senado", disse o presidente.

"Quando vemos no Brasil alguns governadores querendo separar o Nordeste do Brasil, esses caras estão no caminho errado. O caminho do Brasil é só um povo, uma só raça e uma só bandeira verde e amarela. O Mão Santa disse que vamos acabar com o cocô no Brasil, com essa raça de corrupto e comunista", afirmou o presidente.

Bolsonaro também voltou a prometer o porte de arma no país durante o discurso. A fala veio em um momento em que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu amenizar o projeto.

"O Brasil tem sua vocação, cultura, tradição judaico-cristã, é um povo que ama liberdade e o que esse povo de esquerda sempre quis foi roubar nossa liberdade. Por isso eu defendo a posse de arma de fogo. O povo armado jamais será subjugado", disse.

Bolsonaro ainda voltou a falar sobre a situação da Argentina e da derrota de seu aliado Mauricio Macri para a chapa de oposição nas eleições primárias, que tem Alberto Fernández como candidato à presidência e a ex-presidente Cristina Kirchner como vice. O presidente afirmou que o país vizinho começou a trilhar o rumo da Venezuela.

"Juntos vamos colocar o Brasil no lugar de destaque que ele merece. Juntos vamos varrer a corrupção e o comunismo do Brasil. Olha o que está acontecendo na Argentina, começa a trilhar o rumo da Venezuela. Bandidos de esquerda começaram a voltar ao poder", afirmou.

O presidente também concedeu entrevista coletiva a veículos locais durante o evento em Parnaíba e disse ainda não ter um nome escolhido para o próximo procurador-geral da República.

"O PGR não deu tempo ainda, é difícil escolher, são bons nomes. Não tem nome A, B ou C", disse.

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O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.


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