Gleisi acusa Moro de usar PF "descaradamente" em pedido de prisão de Dilma
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, acusou o ministro da Justiça, Sérgio Moro, de usar a Polícia Federal "descaradamente" em pedido de prisão de Dilma Rousseff, através de mensagem publicada nas redes sociais.
A PF solicitou a prisão da ex-presidente em ação deflagrada nesta manhã, mas teve o pedido negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin. A petista foi intimada a depor sobre esquema de propinas do grupo J&F. Dilma nega as acusações.
Para Gleisi, Sérgio Moro usou "a PF para tentar criar escândalo e encobrir os crimes da família Bolsonaro no caso Marielle/Anderson".
"Isso se chama estado policial. Nem estamos no AI-5 e o ministro da Justiça (!) usa descaradamente a força contra a lei e o direito", escreveu ela.
Ao UOL, a assessoria do ministro informou que não iria responder às declarações de Gleisi, mas, um pouco mais cedo, em relação ao posicionamento de Dilma sobre o pedido de prisão, Moro declarou "que não atua ou interfere nos inquéritos conduzidos pela Polícia Federal".
O UOL apurou que um delegado foi até a residência da ex-presidente pela manhã, em Porto Alegre, entregar uma notificação. Segundo a assessoria de Dilma, ela só soube do pedido de prisão no período da tarde.
A Operação Alaska, como foi batizada, investiga repasses de mais de R$ 40 milhões para políticos do MDB que, segundo o delator Ricardo Saud, seriam para "comprar" o apoio político do partido para a campanha presidencial de Dilma em 2014.
Coube a Fachin autorizar os mandados de prisão, busca e apreensão por ser o relator da Lava Jato no STF. As investigações surgiram a partir da delação de executivos da J&F, que tem os irmãos Joesley e Wesley Batista como sócios.
"O pedido de prisão é um absurdo diante do fato de não ser ela mesma investigada no inquérito em questão. E autoriza suposições várias, entre elas que se trata de uma oportuna cortina de fumaça. E também revela o esforço inconsequente do ministro da Justiça, Sérgio Moro no afã de perseguir adversários políticos. Sobretudo, torna visível e palpável o abuso de autoridade. Ainda bem que prevaleceu o bom senso e a responsabilidade do ministro responsável pelo caso no STF, assim como do próprio Ministério Público Federal", afirmou a assessoria de Dilma Rousseff.
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