Ministro minimiza pedido de demissão de general da SAE e nega dossiê

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, minimizou hoje o pedido de demissão do secretário especial da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), general Maynard Marques de Santa Rosa, e negou existir um dossiê que criticaria os resultados do órgão.

A SAE é subordinada à Secretaria-Geral, ambas localizadas no Palácio do Planalto, e é responsável pela elaboração e pelo assessoramento de políticas e estratégias do governo federal a médio e longo prazo.

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Segundo mensagem atribuída a um assessor especial da SAE, coronel Walter Felix Cardoso Junior, Santa Rosa foi convocado ontem por Oliveira para reclamar do desempenho do órgão com "alegações baseadas em dossiê montado" que "não correspondiam minimamente com a realidade dos fatos".

Após ter esclarecido o ministro "sobre a verdadeira situação", "valendo-se do ensejo, comunicou-lhe estar desligando-se da função", diz nota. "O motivo mais provável para mais este desenlace importante no atual governo: desalinhamento cultural e conceitual", encerra o texto.

A expectativa é que mais militares de alta patente na SAE também peçam demissão. Hoje, Jorge Oliveira negou haver dossiê e tratou as trocas como naturais.

"Na verdade, não há dossiê. Essas trocas são naturais. As equipes que eu assumi tanto quando subchefe jurídico no início do ano na SAJ eu mantive todos na equipe. Aqueles que já estavam na gestão anterior, todos permaneceram comigo. Assim como quando assumi a Secretaria-Geral. [...] O general Santa Rosa é uma pessoa que tem meu respeito, mantive com ele uma boa relação pessoal, mas é uma troca natural. Isso foi algo conversado entre nós", afirmou.

Questionado se já há um nome aventado para substituir Santa Rosa no cargo, Oliveira disse que não, pois não estavam contando com o pedido de demissão. Ele informou que o novo secretário especial poderá ser civil ou militar.

"Não [há um nome], até porque não havia uma pretensão de troca para o momento, mas foi algo que foi compreendido e respeitado. Não temos essa pressa no sentido de colocar qualquer pessoa", afirmou.