Ainda internado, Covas faz pronunciamento em vídeo sobre Interlagos

Mesmo ainda internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) participou diretamente do lançamento do edital de concessão do autódromo de Interlagos na manhã de hoje.

O tucano faz tratamento contra câncer. A princípio, foi descoberta a doença no aparelho digestivo, mas depois houve metástase no fígado e lesão nos linfonodos e foi detectado um coágulo no átrio direito do coração.

Hoje, a coletiva sobre a concessão do autódromo começou com um vídeo gravado na poltrona do quarto de hospital, enquanto Covas recebia medicação.

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"Mais uma excelente notícia. Vamos publicar o edital de concessão de Interlagos nos próximos dias. O benefício financeiro para aquele espaço passa de R$ 1 bilhão, fora que a prefeitura vai poder cuidar daquilo que é sua atividade essencial: educação, saúde, segurança, transporte. Não tenho a menor dúvida de que a cidade vai ganhar com isso e é mais um passo importante para a gente garantir a continuidade do Grande Prêmio aqui na cidade de São Paulo", disse Covas, na gravação, publicada em seguida em suas redes sociais.

Sentado ao centro da mesa da primeira entrevista coletiva marcada pela prefeitura na ausência do prefeito, o secretário de governo Mauro Ricardo disse que discutiu o edital com Covas no hospital.

"Fechamos o edital ontem com ele. Em despacho às 14h nós deliberamos a data de lançamento do edital e as ponderações feitas na consulta pública para a deliberação dos valores a serem considerados como outorga fixa. As datas de lançamento do edital também foram discutidas com ele e estamos apresentando o que foi discutido com o prefeito", explicou. O edital será publicado no Diário Oficial de amanhã.

A concessão faz parte do plano de desestatização da prefeitura, anunciado quando João Doria —hoje governador do estado— ainda ocupava o Executivo municipal.

O vencedor será o responsável pela reforma, gestão, manutenção e exploração econômica do complexo de 900 mil m², onde hoje ocorre o Grande Prêmio de Fórmula 1.

Recentemente, houve uma disputa entre São Paulo e Rio de Janeiro para ser a sede do GP de Fórmula 1. O presidente Jair Bolsonaro se posicionou a favor da cidade fluminense, seu reduto eleitoral.

Segundo o secretário de governo, Mauro Ricardo, a prefeitura terá preferência de uso do espaço de 80 dias, período no qual poderá ceder o autódromo para a realização da Fórmula 1 e outros eventos.

A ideia é finalizar a concessão até o mês de março de 2020. Como contrapartida, foi estabelecido o pagamento mínimo fixo de R$ 198 milhões e outorga variável de R$ 177 milhões. Somando economia de gastos, recolhimento de impostos e taxas, entre outros, a prefeitura estima em R$ 1 bilhão os benefícios econômicos da concessão.