Lula: poderia ter ido a uma embaixada, mas quis provar que Moro é "canalha"
Ana Carla Bermúdez
Do UOL, em São Paulo
09/11/2019 15h14
Um dia após deixar a prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse hoje que se entregou à PF (Polícia Federal), em abril do ano passado, para "cumprir um papel".
Lula afirmou que poderia ter escolhido fugir para outro país ou se refugiar em uma embaixada, mas tomou a decisão de se deixar prender para provar que o ex-juiz Sergio Moro "não era um juiz", mas sim um "canalha" que o estava julgando.
"Eu tomei a decisão de ir lá para a PF. Eu poderia ter ido a uma embaixada, a outro país, mas eu tomei a decisão de ir lá porque eu preciso provar que o juiz Moro não era juiz, era um canalha que estava me julgando", declarou Lula em discurso a militantes no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP).
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Em seguida, o petista também fez críticas ao procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba.
"Eu precisava provar que o Dallagnol não representa o Ministério Público, que é uma instituição séria. O Dallagnol montou uma quadrilha com a Lava Jato, inclusive para roubar dinheiro da Petrobras e das empreiteiras", afirmou.