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Flávio Bolsonaro anuncia desfiliação do PSL

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) no plenário do Senado, em Brasília Imagem: 01.out.2019 - Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo

Gabriel Sabóia

Do UOL, no Rio

12/11/2019 18h02

Resumo da notícia

  • O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) entregou a sua carta de desfiliação à direção nacional do partido
  • O pai dele, o presidente Jair Bolsonaro, também anunciou a saída do PSL e confirmou um novo partido: Aliança pelo Brasil
  • "O nome Aliança pelo Brasil foi escolhido para que tenhamos aliados ao invés de apenas filiados", disse Flávio
  • A saída de Flávio pegou a bancada do PSL --composta por 12 parlamentares-- de surpresa
  • Minutos antes da confirmação da desfiliação, os deputados diziam que seguiriam no partido, sob o comando do Flávio

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) entregou, na tarde de hoje, a sua carta de desfiliação à direção nacional do partido. Com o ato, o senador também deixa a presidência do diretório fluminense do partido.

A informação foi confirmada pela assessoria do PSL durante votação sobre a extensão do estado de calamidade pública, no âmbito financeiro, do estado. A informação pegou a bancada do partido —composta por 12 parlamentares— de surpresa.

Minutos antes da confirmação da desfiliação, os deputados diziam que seguiriam no partido, sob o comando do Flávio. Àquela altura, o pai do senador, o presidente da República Jair Bolsonaro havia anunciado a sua desfiliação, momentos antes. O presidente confirmou a ida ao partido "Aliança pelo Brasil", ainda a ser criado, segundo parlamentares do PSL após reunião no Palácio do Planalto.

Logo depois da confirmação da desfiliação, Flávio Bolsonaro falou brevemente com a reportagem através de uma troca de mensagens e resumiu em uma frase a sua saída do PSL. "O nome Aliança pelo Brasil foi escolhido para que tenhamos aliados ao invés de apenas filiados", disse Flávio.

Diante da notícia, a maior parte dos parlamentares que seguia no plenário da Alerj preferiu se manter em silêncio. Um dos poucos deputados a comentar a saída, o líder do Partido na Casa, Dr. Serginho, disse que pretende continuar seguindo as ordens de Flávio e que não teme uma eventual expulsão da legenda.

"O meu líder é o Flávio. Seguirei votando de acordo com a batuta dele. O máximo que pode me acontecer é a expulsão do PSL", resumiu. A saída do senador do partido deve representar uma ruptura definitiva da bancada. Como o UOL informou no mês passado, sete deputados se identificavam como "Bolsonaristas", enquanto outros cinco eleitos pelo partido tinham planos de passar a compor a base do governo de Wilson Witzel (PSC) na casa legislativa.

Outro bolsonarista de primeira hora, o deputado Rodrigo Amorim lamentava o fato de ainda não ter se encontrado com Flávio Bolsonaro depois da decisão de deixar o PSL. "Minha ligação política com a família é umbilical. Vou me encontrar com ele e saber de que forma está articulando a nossa saída. Neste meio tempo, votarei de acordo com a sua vontade", afirmou.

Filippe Poubel, por sua vez, usou o microfone do plenário para parabenizar a ruptura de Flávio Bolsonaro com o PSL. "Te parabenizo, meu presidente. Luciano Bivar nunca nos representou", disse, em referência ao presidente nacional do PSL, pivô da crise com o presidente da República.

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