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PF faz buscas contra homem que postou suposto plano de morte de Bolsonaro

23.nov.2019 - O presidente da República, Jair Bolsonaro - Maga Jr./O Fotográfico/Estadão Conteúdo
23.nov.2019 - O presidente da República, Jair Bolsonaro Imagem: Maga Jr./O Fotográfico/Estadão Conteúdo

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

02/12/2019 16h32Atualizada em 02/12/2019 18h47

A Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão contra um homem que publicou, segundo a corporação, "um suposto plano que visava atentar contra o presidente da República" Jair Bolsonaro (sem partido). As buscas foram feitas ontem, informou a PF.

Na sexta-feira (29), o homem havia sido detido. As buscas aconteceram nas cidades de Três Corações e Alfenas, ambas em Minas Gerais. Os policiais investigam crime contra a segurança nacional, a lei 7.170/83, baixada durante a ditadura militar.

Segundo comunicado da Polícia Federal, os posts foram publicados na sexta-feira.

"Na data, o presidente estava em visita oficial à ESA (Escola de Sargentos das Armas), de Três Corações, por ocasião de solenidade de formatura do curso de sargentos", informou a assessoria da polícia. "O suspeito trabalhava como terceirizado na ESA e aparecia em vídeos postados em redes sociais."

Segundo a PF, a investigação corre em sigilo. Se ele for condenado, pode ser punido com 3 a 10 anos de prisão.

Em setembro do ano passado, durante a campanha eleitoral, Bolsonaro foi esfaqueado em Juiz de Fora por Adélio Bispo de Oliveira, que está na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Adélio foi atestado com transtorno mental e, por isso, considerado pela Justiça como réu inimputável (isento de pena). Ele teve absolvição imprópria e internação por medida de segurança, sem prazo determinado.

As investigações descartaram, até agora, a participação de terceiros no ataque. O presidente Bolsonaro e seus advogados, no entanto, mantêm o discurso de que a tentativa de homicídio foi cometida por ordem de alguém e pedem mais investigação por parte da PF.

Eles citam uma carta enviada por outro preso, o iraniano Farhad Marvizi, dizendo ter informações de que Adélio foi ajudado por outras pessoas para concretizar o ataque. A polícia, porém, desconfia da veracidade da carta. O iraniano teria o hábito de mandar correspondências para personalidades, com afirmações sem sentido. A PF ainda não achou provas participação de supostos comparsas de Adélio.