Jornal: MP-SP investiga contrato de hospital com empresa de marido de Joice
De acordo com o jorna O Estado de São Paulo, o Ministério Público de São Paulo investiga o contrato de gestão de um hospital na cidade de Registro, em SP, que teria recebido recursos da gestão do governador João Doria (PSDB) por atendimentos que não foram prestados.
Entre as empresas subcontratadas pelos gestores do hospital e investigadas pela Promotoria, está a Nevro Serviços Médicos, microempresa de neurologia com sede em Teresina. A empresa pertence ao médico Daniel França Mendes de Carvalho, marido da deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP).
De acordo com o jornal, a Nevro foi contratada em novembro de 2018, após o segundo turno das eleições. O diário afirma que o contrato assinado entre as partes determina que a Nevro deveria fornecer médico para atendimento de cirurgias no centro cirúrgico três vezes por semana; neurocirurgião para visitas médicas diárias e profissional para atendimento ambulatorial duas vezes por semana. Um coordenador e um neurologista para cobertura remota 24 horas por dia também eram determinados no documento.
O Hospital Regional de Registro recebeu pagamentos regulares entre novembro de 2018 e fevereiro de 2019, embora nenhuma neurocirurgia tenha sido realizada no local. Segundo o inquérito, um paciente chegou a ser encaminhado ao local para um procedimento do tipo, mas morreu antes de receber atendimento. Neste intervalo, a Nevro teria recebido R$ 595 mil.
O MP investiga se o hospital está realizando processos para os quais está recebendo o dinheiro e se as empresas terceirizadas contratadas também pagam pela contratação de profissionais. A Secretaria Estadual da Saúde informou ao jornal que já enviou ao Ministério Público as respostas aos questionamentos feitos pela Promotoria.
O Instituto Sócrates Guanaes (ISG), organização que gerencia o hospital de Registro e contratou a Nevro, foi alvo de CPI na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo em 2018, quando os deputados investigaram os serviços terceirizados em hospitais paulistas. O relatório final da comissão apontou indícios de "contratos superfaturados" com empresas terceirizadas.
Segundo o ISG, a Nevro foi contratada segundo o regulamento do instituto e prestou atendimentos ambulatoriais no período em questão. Já o médico Daniel França afirmou, ainda de acordo com o diário, que trabalhou na estruturação do centro cirúrgico do hospital no período em que não houve neurocirurgias.
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