Sessão na Alesp é marcada por tumulto e protesto de servidores
Uma sessão na manhã de hoje na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) ficou marcada por confusão e protestos de servidores contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prevê a reforma na Previdência estadual. Houve confronto entre manifestantes que tentaram invadir a Alesp e policiais.
A proposta da reforma foi aprovada em segundo turno com 59 votos a favor — dois a mais que os 57 necessários para a aprovação — e 32 contra.
As galerias da Casa já se encontravam à máxima capacidade logo que a sessão foi iniciada, às 9h15. Nos corredores, o tumulto começou quando a tropa de choque da PM interveio para conter a invasão. Vídeos mostraram manifestantes forçando a entrada na Alesp.
Servidores protestam contra reforma da previdência na porta da Alesp
Manisfestantes em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na manhã de hoje
Pablo Washington/Estadão Conteúdo
Os protestos ocorreram devido a votação do segundo turno da reforma da previdência paulista
Pablo Washington/Estadão Conteúdo
A equipe da Bancada Ativista afirmou ter recolhido mais de 40 bombas atiradas dentro da Alesp
Reprodução/Equipe Monica Seixas
Homem carrega cartaz com os dizeres "Essa reforma é um confisco para o salário dos professores"
Pablo Washington/Estadão Conteúdo
As bombas recuperadas pela equipe da Bancada Ativista não mostravam as datas de validade
Reprodução/Bancada Ativista
A tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo interviu com spray de pimenta e disparos não letais contra os servidores que arremessaram objetos
Pablo Washington/Estadão Conteúdo
Manifestantes carregam cartazes durante manifestação na porta da Alesp
Pablo Washington/Estadão Conteúdo
Manifestante utilizou adesivos indicando o fechamento de escolas
Pablo Washington/Estadão Conteúdo
Tropa de choque da Polícia Militar na entrada da Alesp
Alex Tajra/UOL
Servidor que foi atingido por uma bala de borracha mostra hematoma
Vivian Mendes
Fotos de Bolsonaro foram cobertas de reivindicações
Vivian Mendes
Tropa de Choque na Alesp
Alex Tajra
Servidores públicos ocupam a Alesp
Vivian MendesEm discurso, a deputada Beth Sahão (PT) disse que gás de pimenta foi usado contra os manifestantes.
"A tropa de choque está aqui na assembleia. Nunca vi isso. Está cheio de gás de pimenta dentro de uma casa democrática. Os deputados e deputadas deveriam se envergonhar do que está acontecendo aqui dentro", disse no plenário.
Ambos os sentidos da Av. Pedro Álvares Cabral, entre a Alesp e o Parque Ibirapuera, foram fechadas por manifestantes. Por volta das 11h30 (de Brasília), foram registrados tumultos nas imediações da Alesp.
Esses tumultos se intensificaram por volta das 11h55 (de Brasília) quando a polícia voltar a soltar bombas de gás para dispersar a multidão.
O pedido para que os funcionários pudessem acompanhar a sessão, mesmo que por transmissão ao vivo, foi reforçado pelo deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL) que ainda requisitou a retirada da tropa de choque da PM.
O primeiro turno da votação dessa proposta também foi marcado por confusão e um placar apertado: somente 57 votos a favor, o mínimo necessário para que fosse aprovada. Agora será necessário a matéria passar pelo crivo dos deputados em segundo turno.
Nas redes sociais, imagens mostram as manifestações dentro da assembleia.
* Com informações da Agência Estado
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