Alcolumbre condena ataques a jornalistas em ato: 'Agressão à democracia'
O presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), condenou hoje as agressões sofridas por profissionais do jornal O Estado de S.Paulo que cobriam uma manifestação pró-Bolsonaro em Brasília, no último domingo (3). No Twitter, Alcolumbre disse que os ataques são lamentáveis e também agridem a democracia.
"O enfrentamento a todo momento é prejudicial a todos. Agressões às instituições não tolerarei. Sempre me mantive com respeito, e agressão às instituições é agressão à democracia", escreveu o senador.
Em outro tuíte, Alcolumbre equiparou as agressões aos jornalistas a agressões a liberdade de expressão e demonstrou sua solidariedade, seu apoio e seu repúdio aos agressores, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Toffoli também repudia agressões
Mais cedo, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, também repudiou os ataques aos profissionais do Estadão. Na abertura da sessão plenária, Toffoli disse que, junto aos jornalistas, também foi agredida a democracia e que os ataques são "lamentáveis e intoleráveis".
"Foram agredidos profissionais e, assim, também foi agredida a democracia. Em nome da Corte, queria deixar registrado o nosso repúdio a todo e qualquer tipo de agressão aos profissionais de imprensa. Sem imprensa livre, não há liberdade de expressão e de informação. Sem imprensa livre, não há democracia", defendeu o ministro.
Ele ainda creditou à imprensa grande parte dos avanços conquistados desde a promulgação da Constituição atual, em 1988. Segundo o presidente do STF, os jornalistas ampliaram "as fronteiras do acesso à informação" e têm realizado "um trabalho de excelência" durante a pandemia do novo coronavírus.
"Mais do que nunca, é momento de união. Devemos prestigiar a concórdia, a tolerância e o diálogo, bem como exercitar a solidariedade e o espírito coletivo. As divergências existem, pois elas são naturais na democracia. Como disse a filósofa Hannah Arendt —-e como venho reverberando—, o poder que não é plural é violência", acrescentou Toffoli.
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