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Haddad: apoio de candidatos do PSDB a Bolsonaro conduziu a nova polarização

Haddad em entrevista ao SBT  - Reprodução/YouTube Poder em Foco
Haddad em entrevista ao SBT Imagem: Reprodução/YouTube Poder em Foco

Do UOL, em São Paulo

25/05/2020 09h15Atualizada em 25/05/2020 13h46

Derrotado por Jair Bolsonaro (sem partido) no segundo turno das eleições presidenciais de 2018, Fernando Haddad (PT) disse, em entrevista ao programa Poder em Foco do SBT, que o apoio que o atual presidente recebeu de candidatos do PSDB a governos estaduais contribuiu para uma nova polarização no país.

Haddad se referiu especificamente a João Doria (SP), Eduardo Leite (RS) e Antonio Anastasia (MG), que no segundo turno das eleições de 2018 manifestaram apoio a Bolsonaro embora o PSDB tenha se mantido neutro na disputa. Doria e Leite se elegeram, enquanto Anastasia foi derrotado por Romeu Zema (Novo).

"Tivemos três candidatos do PSDB a governos estaduais muito importantes (Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul) que aderiram no 2º turno à candidatura de Jair Bolsonaro. Então conduziram o país para essa nova polarização", disse

"Creio que hoje tanto o governador João Doria, quanto o Eduardo Leite, talvez o próprio Anastasia, reconheçam que o país esteja em risco sob a presidência do Bolsonaro", completou.

Apesar do apoio declarado e de chegar a usar o termo "BolsoDoria", o atual governador de São Paulo rompeu relações com o presidente, e ambos têm trocado críticas duras publicamente.

Na avaliação de Haddad, Bolsonaro apresentava já em 2018 uma ameaça extremista que precisaria ser levada em conta na ocasião.

"Os democratas do país não podem estar desunidos diante de uma ameaça extremista. Óbvio que a democracia exige alternância no poder, isso é normal. Mas uma coisa é você perder para alguém que vai respeitar as instituições, as regras do jogo, que não vai colocar o país em risco. Outra coisa é 1 extremista", afirmou

Ainda sobre as eleições de 2018, Haddad avaliou que a facada sofrida por Bolsonaro durante o primeiro turno da campanha mudou o andamento normal do pleito. Em sua avaliação, a disputa caminharia para um novo segundo turno de polarização entre PT e PSDB, sendo Geraldo Alckmin seu adversário neste cenário.

"A facada mudou o segundo turno, não seria Bolsonaro e PT", opinou.