'Não renunciarei', diz Witzel a secretários após operação da PF
Indignado com a operação da Polícia Federal para cumprir mandados de busca e apreensão nas suas residências (oficial e pessoal), o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), reuniu-se com secretários na tarde de hoje no Jardim de Inverno do Palácio Guanabara, sede do governo. No encontro, Witzel afirmou que não renunciará ao cargo e reiterou que está sofrendo ataque político da família Bolsonaro.
Segundo secretários ouvidos pelo UOL, o governador disse que continuará "fazendo o seu trabalho" e que os secretários "devem fazer o mesmo". Witzel afirmou que todos estão à vontade para deixar o governo, caso se sintam incomodados com as recentes denúncias contra sua gestão.
"Ele disse: 'Se algum secretário tiver incomodado, pode sair'. Mas todos ficaram calados", contou à reportagem um dos secretários que participou da reunião.
"Ele defendeu que não havia necessidade da operação, que houve exagero. E de que isso poderia ter sido resolvido com um pedido de informações direcionado a ele", acrescentou.
Um outro secretário, do primeiro escalão, contou que Witzel abriu a reunião dizendo que seguirá no governo. "Ele disse que não renunciará", relatou.
Apesar de quase todo o secretariado estar presente, poucos se manifestaram com palavras de apoio ao governador. Um deles foi o chefe da Casa Civil, André Moura.
"André Moura disse que a operação 'foi um ataque à instituição'. Mas a maioria preferiu falar sobre suas secretarias, não quiseram tocar na questão política", acrescentou um outro secretário de primeiro escalão.
Ex-titular da pasta da Saúde (pivô da crise no governo), Edmar Santos —atualmente à frente da Secretaria Extraordinária de Acompanhamento das Ações Governamentais Integradas da Covid-19— não compareceu à reunião. Ele foi um dos alvos da Operação Placebo, autorizada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Altineu Côrtes, da pasta de Meio Ambiente, também não esteva no encontro, mas mandou representante.
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