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Ala bolsonarista do PSL pede que PGR investigue Joice Hasselman

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) - Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) Imagem: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Guilherme Mazieiro

Do UOL, em Brasília

06/06/2020 16h31Atualizada em 06/06/2020 16h38

A ala bolsonarista do PSL protocolou hoje (6) uma representação na PGR (Procuradoria-Geral da República) contra a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) e uma representação no Conselho de Ética da Câmara. O pedido encabeçado pelo deputado Carlos Jordy (PSL-RJ), solicita a investigação de eventual improbidade administrativa e crimes de concussão de denunciação caluniosa (quando exige que servidores públicos tirem vantagem indevidas).

O documento pede que a PGR ingresse no inquérito das fake news, sob responsabilidade do STF (Supremo Tribunal Federal), atualmente. A representação se baseia em uma reportagem da CNN Brasil que apresentou depoimentos de funcionários que disseram ser orientados a criar contas falsas em redes sociais.

Em suas redes sociais, Joice disse que a denúncia da CNN Brasil é "forjada" e sugeriu que o governo estaria por trás da divulgação do material.

"Isto, a toda evidência, significa que a Representada age de forma deliberada, livre e consciente, na criação de perfis, a fim de atingir um determinado objetivo. Portanto, é de se notar que cuida de um forte indício de possível criação de plataformas eletrônicas de disparos em massa e ataques a pessoas específicas. No áudio que veio a público, é declarado abertamente que os principais alvos de Joice Hasselmann são as Deputadas Bia Kicis e Carla Zambelli, o Deputado Eduardo Bolsonaro e o Senador Flavio Bolsonaro", considerou o advogado Bernardo Pereira Perdigão, que assina a representação de Jordy.

Antes aliada de Bolsonaro, Joice se tornou inimiga do bolsonarismo. Após romper com o presidente, no final do ano passado, a parlamentar começou a fazer denúncias sobre o suposto gabinete do ódio, envolvido no inquérito das fake news do STF.

Internamente na sigla, a bancada se dividiu em duas. Uma ala mais próxima a Eduardo Bolsonaro segue fiel ao bolsonarismo, outra apoia Joice e ao presidente da legenda, Luciano Bivar (PSL-PE).

Na última quinta-feira (4), Joice comunicou que deixaria a liderança da bancada para assumir a Secom (Secretaria de Comunicação) da Câmara.

Além de Jordy, assinam os pedidos, os deputados Bibo Nunes, Alê Silva, Aline Sleutjes, Bia Kicis, Carla Zambelli, Chris Tonietto, Eduardo Bolsonaro, General Girão, Major Fabiana, Filipe Barros, Cabo Junio Amaral, Coronal Chrisóstomo, Guiga Peixoto, Luiz Lima e Luiz Philippe de Orleans e Bragança.

O UOL não conseguiu contato com Joice, e caso ela se manifeste, o conteúdo será atualizado.