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Temer se diz "honrado" com convite de Bolsonaro para chefiar missão

Hanrrikson de Andrade e Nathan Lopes

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

09/08/2020 10h59

O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse estar "honrado" com o convite de seu sucessor no Planalto, Jair Bolsonaro (sem partido), para chefiar uma missão do Brasil ao Líbano após explosões na zona portuária de Beirute.

O convite a Temer foi revelado por Bolsonaro na manhã de hoje durante videoconferência com líderes mundiais em videoconferência para tratar da situação no Líbano. O Brasil pretende enviar medicamentos e alimentos para o país do Oriente Médio.

"Convidei, como meu enviado especial e chefe dessa missão o senhor Michel Temer, filho de libaneses e ex-presidente do Brasil", disse Bolsonaro.

Em nota, Temer disse que, "quando o ato [convite] for publicado no Diário Oficial, serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa".

Destruição em Beirute

A capital libanesa cidade atravessa momento de reconstrução depois que uma explosão de grandes proporções destruiu boa parte de sua região portuária, na última terça-feira (4). O trágico incidente é sucedido de manifestações de rua contra a corrupção no país. Movimentos populares reivindicam a antecipação das eleições.

"O Brasil é lar da maior diáspora libanesa do mundo", disse ele. "Por essa razão, tudo que afeta ao Líbano nos afeta como se fosse o próprio lar e a própria pátria."

Segundo Bolsonaro, "nos próximos dias", um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) irá enviar os medicamentos e insumos "reunidos pela comunidade libanesa radicada no Brasil". Por via marítima, serão enviadas 4.000 toneladas de arroz "para atenuar a perda de estoques de cereais destruídos nas explosões".

Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da França, Emmanuel Macron, também participaram da conferência.

Bolsonaro participou de reunião virtual sobre a crise no Líbano Imagem: Reprodução/Facebook/jairmessias.bolsonaro
O presidente do Líbano, Michel Aoun, disse que o país precisa de itens para a reconstrução da área portuária de Beirute e de alimentos.

O país tem registrado protestos em razão da situação política e humanitária no país. Segundo Aoun, ele assumiu o compromisso de "alcançar a Justiça" nas investigações sobre as explosões. "Uma vez que somente a Justiça pode propiciar algum nível de conforto às pessoas e vítimas afetadas e a todo cidadão libanês", disse.

"E também me comprometi a todo cidadão libanês que ninguém está acima da lei e que toda pessoa cuja participação ficar comprovada será responsabilizada em conformidade com a legislação libanesa vigente", completou.

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