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E. Bolsonaro depõe por mais de 6 h em inquérito sobre atos antidemocráticos

O deputado Eduardo Bolsonaro Imagem: Mateus Bonomi/AGIF

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

22/09/2020 20h02Atualizada em 22/09/2020 22h08

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) prestou depoimento à Polícia Federal por mais de seis horas nesta terça-feira (22) como testemunha no inquérito, no STF (Supremo Tribunal Federal) que apura a organização e financiamento de atos antidemocráticos.

A oitiva, que durou 6 horas e 40 minutos no total, aconteceu no próprio gabinete de Eduardo Bolsonaro, na Câmara dos Deputados. Uma delegada e outra policial interrogam o deputado na condição de testemunha não compromissada. Eduardo Bolsonaro não é investigado, mas não era obrigado a responder a perguntas que, eventualmente, poderiam incriminá-lo na apuração.

De acordo com o jornal O Globo, o filho do presidente foi questionado sobre sua relação com blogueiros investigados no caso, como Allan dos Santos, e também se já atuou intermediando a compra de canal de televisão ou estação de rádio. O deputado também teve de responder se utilizou alguma tecnologia para impulsionar as suas redes sociais e se participou ou incentivou de atos considerados antidemocráticos.

Eduardo havia sido intimado pela PF junto com o irmão Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O vereador já foi ouvido no dia 10 de setembro, no Rio de Janeiro, e disse que não é "covarde ou canalha a ponto de utilizar robôs e omitir essa informação", segundo a Folha de S.Paulo, que teve acesso a seu depoimento,

Hoje, o deputado Eduardo não quis se manifestar ao chegar à Câmara nem após a finalização do depoimento, quando permaneceu despachando no gabinete.

O inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto em 19 de abril a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou contra a intimação de Carlos e de Eduardo, depois que uma série de protestos a favor do presidente Bolsonaro pediu a volta da ditadura militar e o fechamento do Congresso Nacional e do STF.

O relator do caso, que está em sigilo, é o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Empresários e políticos são suspeitos de financiar os atos, que ocorreram em várias cidades. Houve aglomeração de pessoas nas ruas em plena pandemia de coronavírus, quando o isolamento social e a quarentena eram mais fortes.

Bolsonaro, que participou de um desses atos, em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, não é investigado no processo.

Horas antes de o presidente chegar ao protesto na capital federal, Eduardo Bolsonaro publicou uma foto de uma reunião do pai com os filhos. Não se sabe se a foto se referia a um encontro antigo ou que ocorrera no mesmo dia que Bolsonaro esteve no protesto.

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