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MP abre inquérito para apurar se houve nepotismo na Prefeitura de Magé (RJ)

Renato Cozzolino, prefeito de Magé (RJ) - Reprodução/Instagram
Renato Cozzolino, prefeito de Magé (RJ) Imagem: Reprodução/Instagram

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL no Rio de Janeiro

07/01/2021 08h51

O MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) abriu um inquérito para apurar se Renato Cozzolino (PP), prefeito de Magé, na Baixada Fluminense, cometeu nepotismo ao nomear sete parentes para cargos no governo municipal. O inquérito foi aberto pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo de Magé.

Cozzolino tomou posse dia 1º de janeiro. De 16 cargos disponíveis, sete já foram ocupados pelos seguintes familiares:

  • Vinícius Cozzolino Abrahão - primo do prefeito e secretário de governo;
  • Mauro Raphael Cozzolino Nascimento - também primo de Renato Cozzolino e secretário de Fazenda;
  • Fernando José Assunção Cozzolino - primo do prefeito e nomeado para a Secretaria de Trabalho, Emprego e Geração de Renda;
  • Samyr Hard - tio de Renato Cozzolino e estará à frente da Secretaria de Infraestrutura;
  • Jamille Cozzolino - irmã do prefeito e, além de vice-prefeita, foi nomeada secretária de Educação e Cultura;
  • Felipe Menezes de Souza - cunhado de Renato Cozzolino [marido de Jamille] e secretário de Esporte, Turismo, Lazer e Terceira idade;
  • Lara Adario Torres - noiva do prefeito e nomeada secretária de Assistência Social e Direitos Humanos

Procurada, a Prefeitura de Magé informou que "as nomeações dos secretários citados com vínculo de parentesco não são ilegais" e ressaltou ainda que "todos os secretários foram escolhidos pela experiência, formação técnica e confiança".

A família Cozzolino é uma das mais tradicionais da política da Baixada Fluminense.

Em novembro, o atual prefeito, então candidato ao cargo, disputou as eleições com o registro sub judice (aguardando decisão final da Justiça Eleitoral) e recebeu 36.478 votos. Um mês depois, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deferiu o registro de candidatura. Cozzolino estava inelegível por oito anos por determinação do TER-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) pela prática de abuso de poder político nas Eleições de 2018.