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Agora independente, Simone apela a apoio feminino, mas sofre resistências

candidata a presidente do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) em debate virtual com mulheres - reprodução
candidata a presidente do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) em debate virtual com mulheres Imagem: reprodução

Natália Lázaro

Colaboradora do UOL, em Brasília

29/01/2021 13h08

Depois de ter sido "liberada" pelo MDB para seguir candidatura independente, ou seja, sem o apoio formal do partido, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) promoveu, nesta sexta-feira (29) um debate com mulheres parlamentares e influentes na política. Ela insiste na estratégia de apostar em temas de interesse do público externo ao Congresso, mas que não comovem tanto os parlamentares.

Mesmo levantando a bandeiras de defesa de gênero durante os mandatos no Congresso Nacional, a articulação com as senadoras não tem favorecido Simone até o momento. Na bancada feminina, os votos estão sendo atraídos pelos acordos internos dos partidos, como PSL, PP, Pros e DEM, que decidiram apoiar outros candidatos

O PSDB-mulher e integrantes do grupo, por exemplo, declararem apoio público à senadora, Mas há apenas uma mulher na bancada do Senado, Mara Gabrilli (SP), que estava presente ao debate. Segundo apuração do UOL, Tebet terá apenas 3 dos 7 votos do PSDB.

Também estava presente ao debate, a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), que declarou apoio à senadora, mas seu partido fechou com o adversário, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Pelo Cidadania, as secretárias das mulheres na sigla, Juliet Matos e Raquel Dias, reforçaram o apoio a Simone Tebet. "Não precisa do apoio do partido inteiro, uma mulher empoderada trabalha seus valores da forma como se colocarem", disse Tereza Vitale, da executiva do Cidadania, em uma alfinetada ao MDB.

"O Cidadania apoia sua candidatura e só podia apoiar", continuou. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) também foi convidada para conversa e já declarou voto à Tebet.

Com a retirada da candidatura do MDB, Simone Tebet reforçou que não está rompida com a legenda e exaltou a sigla como uma das primeiras de centro a se formar no Brasil. Ela insistiu que ainda tem apoio da maior parte dos colegas de partido no Senado.

O debate entre as mulheres também foi marcado por fortes alfinetadas no governo de Jair Bolsonaro e na relação dos parlamentares que apoiam o presidente da República. Favorito na disputa pelo comando da Casa, Rodrigo Pacheco conta com o apoio de Bolsonaro.