Baixo Clero #71: CCJ não é para Kicis, que rejeita Constituição e Justiça
Primeiro Baixo Clero de 2021, o episódio #71 (clique aqui para acessar o programa completo) teve como unanimidade críticas à chance de a deputada Bia Kicis (PSL-DF) assumir a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados. Os colunistas Maria Carolina Trevisan e Diogo Schelp convergiram com pontos levantados pela convidada, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Durante o programa, a presidente nacional do PT avalia como difícil a possibilidade de Kicis assumir o cargo. "Tem tanta oposição, interna externa... Inclusive do próprio bloco do Arthur Lira (PP). Muitos deputados descontentes", afirma. (em 49min27 no vídeo acima) Para Hoffmann, mesmo com a manutenção do nome, existirá uma disputa forte para o cargo.
Se ela [Bia Kicis] insistir, tenho certeza que surgirão outras candidaturas para presidir a CCJ
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT
Kicis, procuradora aposentada do Distrito Federal, já apoiou publicamente atos antidemocráticos, como intervenção militar. Tal histórico contribuiu para Schelp colocá-la na "frigideira" desta semana. "Essa possibilidade de que venha ocupar a CCJ fez relembrar declarações a respeito da intervenção militar, defendendo em tribuna intervenção no STF (Supremo Tribunal Federal)", relembrou o colunista. (em 51min58 no vídeo acima)
Maria Carolina Trevisan tinha a deputada como primeiro nome da frigideira. "A CCJ é muito importante para quem rejeita a Constituição e a Justiça", define, antes de adaptar seu voto para a frigideira. "Coloco na frigideira o Rodrigo Maia pela bagunça que ele provocou nos últimos dias do mandato, em que disse que ia pautar o impeachment, o que nunca quis, aí, depois disse que não ia e, no final, fez uma bagunça", justifica. (em 53min24 no vídeo acima)
'Maia errou'
Ao longo do programa, Gleisi Hoffmann também lamentou decisões tomadas por Maia no fim de sua presidência na Câmara. "O ultimo ato do Maia deveria ser abrir um processo de impeachment [contra o presidente Jair Bolsonaro]", diz. (em 13min41 no vídeo acima)
Para Hoffmann, a forma como o governo agiu frente à pandemia do novo coronavírus era motivo suficiente para Bolsonaro ser retirado. "Há milhões de infectados, as coisas estão piorando e a tendência é piorar mais", afirma. (em 15min31 no vídeo acima)
A petista considera que Maia, como chefe da Câmara, cometeu outros erros enquanto comandou a Casa. Apesar disso, o PT apoiou seu candidato à sucessão, Baleia Rossi (PMDB-SP), o que a deputada considerou como a decisão correta.
Há um meio que não consegue se definir se é oposição ou situação.
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT
Segundo a deputada, a falta de um programa claro de determinadas siglas influenciou na eleição, vencida por Arthur Lira. "A direita liberal não teve capacidade de construir e manter uma unidade. Vimos implodir o projeto politico do Democratas, do PSDB, e isso teve consequências na disputa aqui na Casa." (em 7min03 no vídeo acima)
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