Pichação do termo 'genocida' é apagada antes de Bolsonaro chegar em Chapecó
O Centro Avançado de Atendimento Covid-19, em Chapecó, Santa Catarina, foi pichado durante a madrugada com a palavra "genocida".
O termo tem sido utilizado por opositores em referência ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante da condução da pandemia no país. O local foi visitado hoje pelo chefe do Executivo e a pichação foi apagada antes dele chegar.
Em Chapecó, o presidente esteve ao lado do prefeito João Rodrigues (PSD), e disse que está se "lixando para 2022" e que não pretende adotar um lockdown no Brasil.
Bolsonaro voltou a defender o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para combater a covid-19, como a cloroquina.
"Hoje têm aparecido medicamentos ainda não comprovados que estão sendo testados, e o médico tem essa liberdade, tem que ter", disse o presidente, que citou o uso off-label — aquele prescrito pelo médico, mas que diverge das indicações da bula.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitiu ontem um comunicado alertando sobre o uso indiscriminado de medicações e sobre efeitos adversos.
Alguns pacientes que utilizaram o chamado "kit covid", que contém azitromicina e a cloroquina, foi apontado como causador de hepatite medicamentosa em pacientes hospitalizados em São Paulo.
Ao mesmo tempo, o presidente reconheceu que o Brasil está "isolado mundialmente", mas alegou que não dá importância para os possíveis danos à sua biografia.
"Eu acho que eu sou o único líder mundial que apanha isoladamente. O mais fácil é ficar do lado da massa, na grande maioria, você evita problemas. Não é acusado de genocida e não sofre ataques por parte de gente que pensa diferente de mim", disse Bolsonaro.
O país ultrapassou ontem a marca de 4 mil mortes por covid-19 notificadas em 24 horas.
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