'Economia e saúde não são coisas distintas', diz Teich à CPI da Covid
Durante o depoimento para a CPI da Covid, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich afirmou que saúde e economia não são coisas distintas e achou "ruim" a divisão feita pelo governo federal durante o enfrentamento da pandemia.
Economia e saúde não são coisas distintas. Quando você avalia a sociedade, o nível de saúde da sociedade, você tem o cuidado em saúde, e tem os determinantes sociais da saúde, você tem economia, saúde, educação, onde a pessoa mora, uma série de coisas. Se achava até que a educação era o principal fator de saúde da sociedade
Nelson Teich, ex-ministro da Saúde
O problema prático, na visão de Teich, foi que a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) considerou a economia como "dinheiro e empresas".
A economia foi tratada como dinheiro e empresa e a saúde como vidas, sofrimento e morte, mas na verdade, tudo é gente. Quando você fala de economia você não fala de empresas, você fala de gente
Nelson Teich, ex-ministro da Saúde
Mais cedo, o ex-ministro falou que saiu da gerência do Ministério da Saúde por divergir das perspectivas de Bolsonaro sobre o uso da cloroquina para o "tratamento precoce". O medicamento, que não tem eficácia comprovada, continua sendo recomendado também pela atual gestão da Saúde, que agora está sob a liderança do ministro Marcelo Queiroga.
Outros convocados pela CPI
Ontem o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta foi sabatinado pelos senadores na CPI da Covid sobre a condução das estratégias de enfrentamento da pandemia em sua gestão.
O atual ministro da pasta, Marcelo Queiroga, também prestará depoimento, assim como Eduardo Pazuello e o presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres.
O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), leu ontem um comunicado recebido do Comando do Exército sobre o contato recente de Pazuello com duas pessoas testadas positivas para covid-19. O senador negou que o depoimento pudesse ser feito de forma remota e decidiu reagendar o depoimento de Pazuello para 19 de maio.
Teich e Mandetta se tornaram críticos de ações do governo federal nos últimos meses. Com isso, senadores independentes e da oposição, que são maioria na CPI, procuram revelar e reforçar eventuais erros da gestão de Bolsonaro por meio dos depoimentos dos ex-ministros ao colegiado.
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