Bolsonaro passeia de moto pelas ruas de Brasília e aglomera no Alvorada
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) faz passeio de moto neste domingo (9) de Dia das Mães. Ele foi acompanhado por cerca de 3 mil motociclistas, segundo policiais ouvidos pelo UOL.
Bolsonaro deixou o Palácio da Alvorada nesta manhã e andou por regiões do Plano Piloto de Brasília, a área central da capital, como a Esplanada dos Ministérios e a Asa Norte.
Ao retornar à sua residência, ele participou de uma aglomeração sem máscara. Policiais ouvidos pelo UOL apontaram que o público era de cerca de 4.500 pessoas no Alvorada. Até apoiadores de Bolsonaro reclamara da falta de proteção do presidente em meio à pandemia de coronavírus (veja mais abaixo).
Durante o passeio, o presidente utilizou capacete, ao contrário do que fez dois dias atrás, na inauguração de uma ponte em Rondônia. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, que cuidou da segurança de Bolsonaro, não prestou esclarecimentos à reportagem até o momento.
Alguns apoiadores compartilharam vídeos do passeio nas redes sociais:
Presidente cumprimenta apoiadores sem máscara
Ao final do passeio, Bolsonaro retornou para o Alvorada, onde uma multidão o esperava. Sem máscara, ele cumprimentou os apoiadores, incluindo idosos e crianças.
Parte dos militantes gritava "Mito" e "Eu autorizo". A segunda expressão é usada pelos simpatizantes do presidente para dizer que eles concordam com um pedido feito por Bolsonaro para usar determinadas medidas contra as ordens de outras autoridades na pandemia, como evitar a circulação de pessoas para evitar mais contaminação e mortes pelo coronavírus.
Depois dos cumprimentos, o presidente pegou um microfone em frente ao Alvorada. Ali, disse iria fazer o que as pessoas ali "determinarem". E afirmou, usando o pronome possesivo - "o meu Exército" -, que as Forças Armadas não restringiriam a circulação de pessoas na pandemia.
Bolsonaro disse que o passeio de moto era feito com uma categoria que "se identifica com o governo". Um representante dos pilotos confirmou. Ao microfone, ele relembro que, no passado, o então candidato à Presidência tinha apenas 2% das intenções de voto segundo as pesquisas eleitorais da época. Naqueles tempos, disse, cerca 500 motociclistas de Ceilândia fizeram um ato de apoio a Bolsonaro.
Ele lembrou de sua mãe, dona Olinda, que tem 94 anos: "Vai chegar a 100". Bolsonaro afirmou que, uma das poucas coisas que fez sem perguntar antes à sua mãe foi andar de moto.
Ela nos deu a luz, e a motocicleta, a nossa liberdade"
Jair Bolsonaro, presidente
O presidente disse que o ato não era uma uma "demonstração política", mas de "amor à Pátria". Destacou que o povo brasileiro é "unido", "cristão" e "trabalhador" em busca de valores como paz, tranquilidade e liberdade.
Num gesto de pedido de paciência, Bolsonaro disse que, na sua visão, assumiu o país com crise ética e econômica. "Aos poucos, vamos recuperando", afirmou o presidente diante da multidão no Alvorada. Antes da pandemia, a economia do Brasil desacelerou. No último ano do governo de Michel Temer (MDB), 2018, o crescimento do PIB foi de 1,8%. No primeiro ano de Bolsonaro, 2019, a taxa baixou para 1,1%.
Em 2020, o Brasil acompanhou o mau desempenho do resto do mundo, com recessão na pandemia. O PIB ficou em 4,1% negativos.
Até apoiadores do presidente criticam a aglomeração sem máscara. Uma deles disse que havia "teimosia" de Bolsonaro e que ele precisaria "ajudar" seus militantes a evitar críticas.
"Flávio por favor pede ao seu pai o nosso Presidente pra usar máscara, e mito [muito] trista [triste] ver as pessoas falarem mau dele , por essa teimosia de não usar. Nós brasileiros o amamos nas [mas] precisa ajudar", disse ela, ao comentar vídeo divulgado pelo primogênito de Bolsonaro.
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