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Em vídeo, Benny Briolly lamenta ter deixado país por ameaças: 'É um choque'

Benny Briolly - Reprodução/Facebook
Benny Briolly Imagem: Reprodução/Facebook

Colaboração para o UOL

14/05/2021 16h19Atualizada em 14/05/2021 17h07

Um dia depois de comunicar que deixou o Brasil por causa de várias ameaças que vem sofrendo, a vereadora Benny Briolly (PSOL), de Niterói (RJ), lamentou ter tido que sair do país.

"Deixar o país nesse momento é um choque, um atentado à jovem democracia brasileira. Mas queria dizer que sigo firme, na fé de meus ancestrais, de meus orixás, na crença à luta popular brasileira, na crença à luta dos movimentos sociais", disse Benny, em vídeo com outros parlamentares do PSOL do Rio de Janeiro.

Primeira vereadora trans a ser eleita em Niterói, Benny relata ter recebido ameaças de morte. Em um comunicado em suas redes sociais, ela conta que as ofensas começaram há cinco meses, logo no início de seu mandato.

Em uma das ameaças, a parlamentar recebeu um e-mail citando seu endereço, exigindo que ela renunciasse ao cargo. Caso contrário iriam até sua casa para matá-la.

Um dos agressores desejou que "a metralhadora do Ronnie Lessa" a atingisse (uma referência ao ex-PM acusado de matar a vereadora Marielle Franco, também do PSOL).

Sigo firme, agradecendo ao apoio e à solidariedade de todos, às instituições de direitos humanos... todos aqueles e aquelas que estão intensamente brigando e batalhando para que a travesti preta e favelada continue resistindo, ocupando a institucionalidade e continuando fazer a luta que historicamente a gente faz com a minha vida e a minha integridade física garantidas
Benny Briolly

Benny aproveitou a fala no vídeo de hoje para dizer que segue na luta pelas minorias.

"Sigo firme, acreditando que ainda há uma esperança, porque enquanto há luta, há esperança, e essa esperança continua me motivando, continua inflamada dentro de mim, acreditando no fim do Estado racista, genocida", avisou.