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Lewandowski libera mensagens hackeadas da Lava Jato a Cunha

Ex-deputado Eduardo Cunha, em foto de arquivo - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Ex-deputado Eduardo Cunha, em foto de arquivo Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Rafael Neves

Do UOL, em Brasília

24/05/2021 21h22Atualizada em 24/05/2021 21h22

O ministro Ricardo Lewandowski (STF) deu acesso parcial às mensagens da Operação Spoofing, que investiga invasão de hackers a celulares de autoridades, para o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. O ex-parlamentar é um dos vários políticos investigados na Lava Jato que aparecem nas mensagens.

A decisão de Lewandowski é do dia 19 de maio, mas só veio a público hoje. Cunha, que passou mais de um ano em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, por ser considerado grupo de risco da Covid, teve a prisão revogada no início do mês.

Inicialmente, Cunha pediu acesso à íntegra das mensagens apreendidas, o que havia sido concedido ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lewandowski, porém, negou a liberação do conteúdo, alegando que o atendimento ao pedido do petista não poderia ser estendido aos demais de forma indiscriminada. Pela mesma razão, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral também teve um pedido negado.

No final de abril, porém, Lewandowski liberou para o senador Renan Calheiros (MDB-AL) o acesso às mensagens que o citavam parcialmente. Ao reanalisar o pedido de Cunha, o ministro adotou o mesmo entendimento. Segundo o despacho de Lewandowski, as mensagens "podem, em tese, contribuir para o exercício de sua ampla defesa [de Cunha] nos autos das ações penais as quais responde".