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Oposição aciona TCU por auditoria da compra da Covaxin

Compra e negociação da Covaxin pode ser investigada pelo TCU - Debajyoti Chakraborty / NurPhoto via Getty Images
Compra e negociação da Covaxin pode ser investigada pelo TCU Imagem: Debajyoti Chakraborty / NurPhoto via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

23/06/2021 16h32Atualizada em 23/06/2021 16h50

O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) afirmou que os deputados de oposição ao Governo Bolsonaro acionaram o Tribunal de Contas da União (TCU) para que o processo de negociação e compra da Covaxin seja auditado.

A informação foi publicada no Twitter. "ATENÇÃO! Nós da oposição acionamos o TCU para que todo o processo de negociação e compra de doses da Covaxin seja auditado pelo Tribunal", escreveu.

Mais cedo, o deputado Luís Miranda (DEM-DF), que integra a base do presidente, afirmou ter alertado o presidente Bolsonaro sobre indícios de irregularidades na negociação entre o Ministério da Saúde para compra do imunizante fabricado na Índia. O irmão de Miranda era servidor da Saúde, e teria sofrido pressões para dar celeridade ao processo de importação.

Em reportagem publicada ontem por O Estado de S.Paulo, documentos do Ministério das Relações Exteriores mostram que a gestão Bolsonaro pagou 1.000% a mais no preço da vacina do que foi anunciado seis meses antes pela fabricante.

Em uma comunicação da presidência divulgada hoje, o TCU afirma que realizou uma diligência junto ao Ministério da Saúde autorizada pelo ministro Benjamin Zymler, com uma série de questionamentos - incluindo o valor considerado alto por cada dose e se houve pesquisa de preços.

Depois de pedir uma prorrogação do prazo, o Ministério encaminhou a resposta ao TCU em 14 de maio, e a documentação está em análise pela Secretaria de Controle Externo da Saúde (SecexSaude).

Durante sessão plenária da corte, logo após a leitura do posicionamento pela presidente do TCU, a ministra Ana Arraes, o ministro Bruno Dantas afirmou que o tema se encontra "envolvo em um emaranhado de questões nebulosas".

Em fevereiro, o Ministério Público junto ao TCU pediu à corte a "imediata suspensão" do contrato do Ministério da Saúde com a Precisa Medicamentos, fabricante do imunizante indiano Covaxin no Brasil, que previa a compra de 20 milhões de doses da vacina contra covid-19 entre março e maio.