Mourão evita responder crítica feita por Bolsonaro: 'Sem comentários'
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que está no Peru para acompanhar a posse do presidente eleito Pedro Castillo, evitou responder a crítica feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que disse que ele "atrapalha um pouco" o governo.
"Sem comentários", disse o general ao ser indagado pela CNN Brasil. A fala de Bolsonaro foi dita ontem em entrevista à rádio Arapuan FM, da Paraíba. Na ocasião, o presidente ainda afirmou que Mourão foi escolhido "a toque de caixa" — ou seja: às pressas — para a chapa.
"O vice é igual cunhado: você casa e tem que aturar o cunhado do teu lado, não pode mandar o cunhado embora", disse Bolsonaro, que ainda pontuou que Mourão "faz o seu trabalho" com "uma independência muito grande".
Bolsonaro também comparou a escolha de Mourão como vice com o fato de muitos postulantes ao cargo de deputado federal que se elegeram o apoiando em 2018, hoje, se declararem como oposição ao governo.
"Muitos parlamentares, depois de ganharem as eleições com nosso nome, transformaram-se em verdadeiros inimigos. A gente não quer sofrer desse mesmo problema por ocasião das eleições do ano que vem, caso [eu] venha [a ser] candidato a presidente", pontuou.
Distanciamento público
Esta não foi a primeira vez que Bolsonaro criticou de forma pública o vice. Em janeiro, o presidente se mostrou irritado com o fato de Mourão ter sinalizado que o então ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, poderia deixar o posto em uma reforma ministerial.
"O que nós menos precisamos é de palpiteiro de ministro. Se alguém quiser escolher ministro, que se candidate em 2022 e boa sorte", afirmou Bolsonaro a apoiadores, destacando que "quem troca de ministro é o Presidente da República".
Em meados de junho, Mourão afirmou que não foi convidado para uma reunião de Bolsonaro com ministros e autoridades e disse sentir falta de se encontrar com o presidente. "A gente fica sem saber o que está acontecendo, né?", reclamou.
Antes, em fevereiro, Mourão já havia sido deixado de fora de uma reunião de ministros com Bolsonaro. "Não fui convidado, não fui chamado, então acredito que o presidente julgou que era desnecessária a minha presença. Não estou incomodado, não", afirmou, na época, o general.
Em maio, em entrevista ao UOL, Hamilton Mourão afirmou acreditar que Bolsonaro não pretendia tê-lo como vice de chapa em 2022. "Mas também não vou morrer por causa disso", declarou.
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