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Ricardo Barros diz que suspeitas sobre Covaxin são 'grande mal-entendido'

Deputado Ricardo Barros (PP-PR) irá prestar depoimento hoje à CPI da Covid Imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

12/08/2021 10h16Atualizada em 12/08/2021 10h20

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), disse hoje que as suspeitas sobre o seu envolvimento nas negociações da vacina indiana Covaxin não passam de um "grande mal-entendido". Hoje o parlamentar presta depoimentos à CPI da Covid no Senado sobre as relações com o ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias e com a empresa Precisa Medicamentos.

As declarações de Barros foram feitas momentos antes do parlamentar seguir para sala da Comissão Parlamentar de Inquérito. O líder do governo chegou a agradecer pela oportunidade de apresentar a sua versão sobre as narrativas apresentadas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF), também à CPI.

Quero agradecer senhores senadores que marcaram minha possibilidade de esclarecer os fatos aqui na CPI. Fui citado mais que uma centena de vezes, senadores perguntaram para todos os que vieram depor aqui se tinham relação comigo e negaram. O presidente Bolsonaro nunca afirmou que eu estava envolvido no caso Covaxin
Ricardo Barros

Barros também disse que nunca tratou sobre o assunto citado pelos irmãos Miranda na CPI e disse que Bolsonaro está certo em não ter respondido sobre o caso. Isso porque, na versão do líder do governo, "o presidente não pode desmentir o que nunca disse".

"Eu não participei de nenhuma negociação com a Covaxin", voltou a repetir.

Barros pretende "esclarecer ilações e mentiras"

Ontem, ao UOL, Barros declarou que estava "tranquilo" sobre o depoimento, e que irá prestar "esclarecimentos sobre ilações e mentiras".

O parlamentar não detalhou quais seriam as suspeitas infundadas que citou, mas voltou a afirmar que a "imunidade de rebanho", de fato, poderia ser atingida se 60% da população contraísse a covid-19.

"A ciência diz que se 60% se contamina, a tendência é que o vírus perde o ambiente de propagação", disse.

Para o deputado, a "imunidade de rebanho", defendida inclusive por Bolsonaro, não aconteceu porque não houve contaminação e nem vacinação de 60% da população. Nos cálculos de Barros, haveria imunidade de rebanho se esse grupo de brasileiros estivesse vacinado ou já contaminado com covid-19.

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A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.


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