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Ato esvaziado do MBL contra Bolsonaro afasta ambulantes da Esplanada

12.set.2021 - Manifestação conta com poucos participantes em Brasília Imagem: Eduardo Militão/UOL

Eduardo Militão

Do UOL, em Brasília

12/09/2021 16h03

Um ato pelo impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido) começou esvaziado na tarde deste domingo (9), na Esplanada dos Ministérios. Com cerca de 700 participantes às 15h30, os ambulantes reclamavam das vendas. Um deles disse ao UOL que iria embora.

Organizado majoritariamente pelo Movimento Brasil Livre (MBL), a manifestação não tem o apoio do PT e do PSOL. Apesar disso, a reportagem encontrou petistas e eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em meio ao povo.

O vendedor ambulante Adailton Pereira da Silva, 61 anos, esperava vender 100 camisas com dizeres "Fora, Bolsonaro", "Lula" ou com as cores preta, de protesto, ou coloridas, em alusão ao movimento LGBTQIA+. No entanto, só vendeu cinco camisetas "Fora, Bolsonaro".

Adailton faturou R$ 200 enquanto os manifestantes se concentravam no Museu Nacional, antes de iniciarem a caminhada até o Congresso. Começou a desarmar seu ponto de venda.

"Vou embora. Já deu aqui", afirmou Adailton.

Reservadamente, um policial militar disse ao UOL que havia cerca de 700 pessoas no local por volta das 15h30. Já o MBL afirmou ter contabilizado 2 mil pessoas "com pico de 5 mil".

Isso refletiu na venda de água. Funcionários de um restaurante, Duque Jorge, 50 anos, e Carlos Alberto Oliveira, 24 anos, saíram cedo de casa neste domingo. A ideia era vender para os militantes pró-Bolsonaro pela manhã —- evento que só reuniu 60 pessoas segundo policiais ouvidos pelo UOL —- e para os militantes anti-Bolsonaro à tarde.

A previsão da dupla era vender 20 fardos de água mineral e quatro de refrigerante. Mas, pouco depois das 15h, o saldo era de quatro fardos de água e apenas quatro latinhas.

"Olha aí", disse Duque, apontando para a caixa de isopor com gelo. "Fraco demais", continuou.

O serralheiro Tales Nunes Bispo, 27 anos, vendia água e salgadinhos desde cedo, para atender as duas manifestações. "Tá mais ou menos. Agora que começou. Mais cedo estava só 'os Bolsonaros' aí, e eram poucos."

Atos contra o presidente aconteceram em outras cidades do Brasil. O público mais robusto, até o momento, compareceu às manifestações na cidade do Rio de Janeiro e São Paulo.

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