Presente em relatório preliminar, Malafaia e mais 3 saem de texto final
Do UOL, em São Paulo e em Brasília
20/10/2021 10h49Atualizada em 20/10/2021 11h38
O pastor Silas Malafaia e outras três pessoas foram retiradas do relatório final da CPI da Covid apresentado por Renan Calheiros (MDB-AL). Malafaia, Robson Santos da Silva, secretário especial de Saúde Indígena, Emanuel Catori, um dos sócios da farmacêutica Belcher, e Marcelo Augusto Xavier da Silva, presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), constavam no relatório preliminar.
O documento preliminar citava Malafaia como parte do núcleo político dos investigados pela CPI. Segundo o relatório, os integrantes desse grupo "incentivaram as pessoas ao descumprimento das normas sanitárias impostas para conter a pandemia e adotaram condutas de incitação ao crime."
O pastor aparecia como "pastor suspeito de disseminar fake news" e era acusado de incitação ao crime. Um dos principais senadores contra a inclusão do nome de Malafaia era o próprio presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM) por avaliar que faltavam provas consistentes.
No Twitter, Malafaia se manifestou sobre a decisão. "POXA! Renan me tirou do relatório final da CPI da safadeza", escreveu.
A CPI da Covid foi criada no Senado após determinação do Supremo. A comissão, formada por 11 senadores (maioria era independente ou de oposição), investigou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia do coronavírus e repasses federais a estados e municípios. Teve duração de seis meses. Seu relatório final foi enviado ao Ministério Público para eventuais criminalizações.