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Allan dos Santos é difamador profissional do Planalto, diz Kennedy Alencar

Colaboração para o UOL

21/10/2021 18h40

Em participação no UOL News, o colunista Kennedy Alencar avaliou como acertado o pedido de prisão preventiva do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, feito hoje pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A determinação aconteceu a pedido da PF (Polícia Federal) no inquérito que investiga a atuação de milícias digitais em ataques à democracia.

Para Alencar, o pedido de Moraes é bem embasado pois divulgar fake news não é liberdade de imprensa, e sim crime. "Allan dos Santos, além de ser difusor de fake news, é um difamador profissional da máquina de moer reputações do Palácio do Planalto", disse.

"Desde 2018, ele faz parte de um esquema de uso da mentira como arma política, Isso não pode ser permitido numa democracia", completou o colunista.

Kennedy Alencar defendeu que a divulgação de notícias falsas não pode ser aceita no regime democrático, pois solapa a própria democracia.

"Se um veículo de comunicação divulga uma notícia falsa, pode ser responsabilizado penal e civilmente. A mesma coisa tem que acontecer com esse difamador profissional, que cumpre papel muito importante dentro do esquema politico de Jair Bolsonaro."

Fora do Brasil

Com o pedido de prisão decretado, Allan dos Santos será incluído na difusão vermelha da Interpol, voltada a localizar foragidos no exterior. Ele está nos Estados Unidos há mais de um ano.

Ao UOL News, a colunista Maria Carolina Trevisan classificou como "confortável" a posição adotada pelo blogueiro em criticar a política brasileira de fora do país.

"É muito fácil ficar falando do Brasil, ivermectina e defendendo o governo Bolsonaro, que fez uma gestão da pandemia muito equivocada e letal, e não estar no Brasil para enfrentar o que temos enfrentado", disse Trevisan.

"Allan dos Santos foi citado no relatório [da CPI da Covid] de Renan Calheiros mais de 30 vezes. Houve uma influência grande dele na produção de notícias falsas, relativas também à pandemia, e isso precisa ser responsabilizado."