Senado aprova criação de Dia Nacional em homenagem a Irmã Dulce
Do UOL, em São Paulo*
22/11/2021 16h43Atualizada em 24/11/2021 08h11
A data de 13 de agosto poderá tornar-se "Dia Nacional de Santa Dulce dos Pobres" em homenagem à Irmã Dulce. O projeto que institui a homenagem (PL 4.028/2019) foi aprovado na quinta-feira (18) pela Comissão de Educação (CE) e segue para análise da Câmara dos Deputados.
Ontem, o UOL informou que outra data, 13 de março, poderia se tornar feriado em homenagem à Irmã Dulce. O erro teve como origem uma divulgação do Senado que não levou em conta as mudanças que ocorreram no projeto ao longo da tramitação.
Inicialmente o projeto previa que a homenagem à Irmã Dulce fosse um feriado nacional. Mas buscando evitar impactos econômicos e dificuldades na aprovação da iniciativa, o autor da iniciativa, Angelo Coronel (PSD-BA), propôs eliminar o feriado, tornando o 13 de agosto como o Dia Nacional da Santa Dulce dos Pobres. A data foi escolhida porque 13 de agosto já é tradicionalmente um dia de homenagens à Irmã Dulce por todo o estado da Bahia.
A proposta de um "Dia de Santa Dulce dos Pobres' agora precisa ser analisada na Câmara dos Deputados e, se aprovada, precisa de sanção presidencial para entrar em vigor.
Irmã Dulce foi canonizada em outubro de 2019, 27 anos após a sua morte, e é a primeira santa genuinamente brasileira. Conhecida como "Anjo Bom da Bahia", Santa Dulce dos Pobres tem o dia comemorado em 13 de agosto.
Inicialmente, o dia 13 de março foi escolhido por ser o dia da morte da religiosa. Porém, o relator do projeto na Comissão da Educação, o senador Flávio Arns (Podemos-PR), ressaltou que esse 13 de agosto já é tradicionalmente voltado à lembrança de Irmã Dulce na Bahia.
Quem foi Irmã Dulce?
Nascida em Salvador, em 26 de maio de 1914, foi batizada como Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes. Desde jovem, já demonstrava inclinação à vida religiosa e ao auxílio dos pobres. Em 1933, foi aceita como noviça na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão, no estado de Sergipe.
Em 13 de agosto de 1933, fez a sua profissão de fé e, enfim, tornou-se freira - daí nasce sua data litúrgica. Escolheu o nome de Irmã Dulce, em homenagem à mãe, Dulce Maria de Souza Brito, morta quando a freira tinha apenas sete anos.
No ano seguinte, ela voltou à capital da Bahia, onde teve a missão de ser professora. Mas a ajuda aos pobres foi a tônica da vida da religiosa.
Um episódio, em especial, se destaca na vida de Irmã Dulce: em 1949, sem ter onde abrigar cerca de 70 pessoas doentes que recolhia das ruas, a futura santa transformou o galinheiro do convento de Santo Antônio em um abrigo. O lugar, em 1960, se transformou no Hospital Santo Antônio, um dos maiores do Nordeste brasileiro.
O Anjo Bom da Bahia viveu até os 77 anos, morrendo em 13 de março de 1992, em Salvador.
*Com informações da Agência Senado