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Senador é alvo de homofobia após negar suposto caso com personal trainer

Styvenson Valentim (Podemos-RN), senador mais votado do estado, em 2018 Imagem: Diego Bressani/UOL

Tiago Minervino

Colaboração para o UOL, em Alagoas

20/01/2022 21h10

O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) se tornou alvo de comentários homofóbicos em suas redes sociais após ter o nome envolvido em rumores de que teria um caso amoroso com um personal trainer, o que teria supostamente resultado no fim do casamento de 13 anos com uma empresária.

Ao UOL, o parlamentar disse a motivação do divórcio é boato. Ele conta que o casamento terminou devido ao desgaste gerado por sua entrada na política em 2018, quando foi eleito senador por Rio Grande do Norte.

"Minha esposa não suportou, preferiu dar continuidade a vida sozinha, pois as pessoas não respeitam a privacidade dos políticos. Isso afeta a família. Qual a esposa que quer continuar casada? [A falta de privacidade] cansa as pessoas que não pediram para estar aqui e ela casou comigo quando eu era policial militar. Essa mudança de vida, ela não conseguiu acompanhar", declarou Valentim, que se diz hétero.

Alvo de comentários homofóbicos

Os boatos que ligaram o nome do parlamentar ao suposto caso extraconjugal ganharam repercussão no Twitter, gerando ataques preconceituosos nas publicações do político, com conotação homofóbica. O caso viralizou após participar de um programa de rádio local para desmentir o boato.

"Adora uma espada, né senador? Posando de machão", escreveu um. "Ele adora levar ferro, gente. Eita senador bom de obra", postou outro.

Ao UOL, Styvenson Valentim disse não se ofender com os ataques e que não pretende processar os internautas. O político, por outro lado, lamentou o fato de a temática da sexualidade ser tratada em tom de brincadeira.

"Dentro de quatro paredes é sua vida, sua particularidade. Por que não? Não quer dizer que já tive [relação homoafetiva], mas que respeito. Não sei o dia de amanhã, não procuro em redes sociais, dou entrevista porque o tema é serio, mas as pessoas levaram para a brincadeira. É um tema que envolve minorias, que os brasileiros querem respeito, igualdade.
Styvenson Valentim

"Vi muita gente da esquerda e defensores das minorias fazendo brincadeiras, memes, com postagens sobre a minha masculinidade. Se eu tivesse dado uma resposta diferente, do tipo 'não toco em homem', seria tachado de homofóbico. Se eu fosse gay, já teria dito, não teria porquê esconder", concluiu.

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