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Com críticas a Lula e ataques a Bolsonaro, PDT lança Ciro à presidência

Rafael Neves

Do UOL, em Brasília

21/01/2022 17h08Atualizada em 21/01/2022 20h05

O PDT lançou hoje, em convenção nacional do partido em Brasília, a pré-candidatura de Ciro Gomes à presidência da República. Se for levada até a eleição em outubro, esta será a quarta tentativa do pedetista de chegar ao Planalto.

Em pronunciamento no evento, Ciro fez ataques especialmente ao presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem acusou de conduzir uma "política genocida" durante a pandemia. O ex-presidente Luiz Inácio da Lula (PT) e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que estão à frente de Ciro nas pesquisas, também foram criticados.

Na economia, Ciro prometeu revogar o teto de gastos, que estaria "aprisionando o gasto público", e falou da necessidade de uma reforma tributária que aumente impostos para os mais ricos, algo que é defendido pelos economistas que assessoram sua pré-campanha.

Primeiro a falar no evento, Lupi exaltou figuras históricas da legenda, como o ex-presidente Getúlio Vargas, "o presidente que mais aliou rebeldia à esperança", e o ex-governador do Rio Leonel Brizola, que foi homenageado pelo centenário de seu nascimento. Segundo Lupi, a escolha da candidatura própria foi unânime na sigla.

Além de Lupi, o lançamento da pré-campanha teve a presença de nomes como o senador Cid Gomes (PDT-CE) irmão de Ciro; o deputado André Figueiredo (PDT-CE) e Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza (CE).

Trecho do vídeo do lançamento da pré-campanha de Ciro Gomes, do PDT Imagem: Divulgação/PDT

"Rebeldia da esperança"

A pré-campanha é assessorada pelo marqueteiro João Santana, chefe da publicidade de eleições vitoriosas dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Após ser alvo da operação Lava Jato e fazer delação premiada, Santana será responsável por alavancar a campanha de Ciro.

O primeiro passo do marqueteiro foi a criação do slogan "a rebeldia da esperança", anunciado por Ciro na manhã de hoje. Em suas redes, o pedetista publicou um vídeo de pré-campanha em suas redes sociais. A peça, de pouco mais de 2 minutos, é uma paródia da música "Sujeito de sorte", de Belchior (1946 - 2017), com alusões à fome e à crise econômica.

A candidatura

Ciro Gomes já foi candidato à Presidência em 1998, 2002 e 2018. Ficou em terceiro lugar em duas disputas, mas nunca conseguiu chegar ao segundo turno. No pleito mais recente, em 2018, teve como vice a senadora Kátia Abreu (TO). A chapa recebeu 13,34 milhões de votos e ficou em terceiro lugar, com 12,47%.

Com o segundo turno entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT), Ciro foi criticado por ter viajado a Paris e ficado alheio à campanha entre o atual presidente e o candidato petista.

A relação de Ciro com representantes do PT e outros políticos não melhorou desde aquela eleição. Ele e o ex-presidente Lula, por exemplo, subiram o tom das declarações ásperas entre si nos últimos anos.

No campo da economia, Ciro se opôs a medidas tomadas durante o governo Bolsonaro, como a reforma da previdência, e é crítico do ministro Paulo Guedes. Um dos principais economistas a assessorar o pedetista, Nelson Marconi, defende uma reforma tributária que aumente a taxação dos mais ricos.

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