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Monark, Adrilles e Kataguiri serão investigados por Secretaria de SP

Monark - Reprodução
Monark Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

11/02/2022 20h30

A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, por meio da Coordenação Geral de Apoio aos Programas de Defesa da Cidadania, abriu um processo para investigar falas e atos que podem ser relacionados ao nazismo por parte do influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark, o comentarista Adrilles Jorge e o deputado Kim Kataguiri (Podemos).

"Apoiar o nazismo, que defende a morte de pessoas, não é liberdade de expressão", ressaltou o secretário Fernando José da Costa.

Na segunda-feira (7), o então apresentador do podcast Flow, Monark, recebeu a deputada Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri. Na conversa, o influenciador defendeu a legalização de um partido nazista no Brasil.

Kataguiri, também no podcast, sugeriu que grupos radicais ganham força quando o cerceamento de ideias extremistas é praticado em detrimento da liberdade de expressão.

Já Adrilles, na terça-feira, fez um gesto com a mão direita, associado ao sieg heil, saudação que remete ao nazismo. O momento aconteceu no programa Opinião enquanto Adrilles falava sobre o caso de Monark.

Os três negaram alinhamento com ideias nazistas. A PGR (Procuradoria-Geral da República) abriu uma investigação para avaliar as falas de Monark e Kataguiri, enquanto o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) analisará a conduta de Adrilles.

Retratações

Na terça-feira (8), com a ampla repercussão do caso, Monark fez um pedido de desculpas em uma rede social: "Eu errei, a verdade é essa. Eu tava muito bêbado e fui defender uma ideia que acontece em outros lugares do mundo, nos Estados Unidos, por exemplo, mas eu fui defender essa ideia de um jeito muito burro, eu estava bêbado, eu falei de uma forma muito insensível com a comunidade judaica. Peço perdão pela minha insensibilidade".

Mesmo assim, ele foi demitido do podcast Flow e a empresa perdeu patrocinadores. Já Kataguiri afirmou que errou por não ter se manifestado de maneira contundente contra as declarações de Monark. "O primeiro ponto que precisa ficar claro é que eu não defendo criação de partido nazista. Quando o Monark falou aquelas atrocidades, eu falhei em representar a comunidade judaica como deveria".

Adrilles também foi desligado da companhia onde trabalhava, mas não pediu desculpas. Em vez disso, preferiu publicar um texto no Twitter com sua explicação do ocorrido.

"Estou fazendo esse vídeo aqui a título de esclarecimento do óbvio. Estou sendo cancelado desde ontem por um suposto gesto que foi interpretado de maneira deturpada, absurda, surreal como um gesto de saudação nazista. Um 'tchau' que eu faço ao final do programa", falou.