PGR: procuradora próxima de Flávio Bolsonaro é promovida por Augusto Aras

O PGR (procurador-geral da República), Augusto Aras, promoveu Lindôra Araújo para ser sua número 2, no cargo de vice-procuradora-geral da República. A portaria foi assinada hoje e ainda deve ser publicada no Diário Oficial da União.
Lindôra, que é subprocuradora-geral, assumirá a vaga que ficou por dois anos com Humberto Jacques de Medeiros. Ela é um nome de confiança de Aras e, assim como ele, possui laços com a família do presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo mais próxima do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Lindôra também é conhecida por suas posições conservadoras e alinhamento ao governo de Bolsonaro, apoiando a chegada de Sergio Moro (Podemos) como ministro e se posicionando contra a possibilidade de cotas para mulheres no Ministério Público.
Em agosto do ano passado, a PGR colocou em xeque a eficácia comprovada das máscaras para conter a disseminação do coronavírus e disse não ver crime do presidente Bolsonaro ao se negar a usar o equipamento de proteção em público, principalmente durante viagens e conversas e manifestações com apoiadores.
Este ano, ela defendeu o arquivamento de representação para investigar se Aras cometeu crime de prevaricação. Em tal caso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), sustentou "inércia ministerial", sob o argumento de que o PGR "renunciou às atribuições constitucionais" ao supostamente blindar o presidente de eventuais processos na Justiça.
Na mesma época, Lindôra disse não ver "elementos mínimos indiciários de qualquer prática delitiva" que justifiquem investigar a presença do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do assessor Tércio Arnaud na comitiva presidencial à Rússia.
Ela também foi pivô de uma crise envolvendo a extinta força-tarefa da Lava Jato e a PGR, cujo estopim foi uma visita da subprocuradora à Curitiba para consultar arquivos da equipe do MPF (Ministério Público Federal) que originou operação, em 2014, nos processos de corrupção do escândalo Petrobras.
A crise, marcada por réplicas e tréplicas entre a cúpula do MPF e os procuradores que conduziram a Lava Jato, culminou em uma ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) para que forças-tarefa da operação Lava Jato que apresentassem dados e informações da operação à PGR.
*Com informações da Agência Estado
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