Topo

Esse conteúdo é antigo

Lei Aldir Blanc: oposição critica Bolsonaro e fala em derrubar veto

Políticos de oposição chamaram o presidente de "inimigo da cultura" após o veto - REUTERS/ADRIANO MACHADO
Políticos de oposição chamaram o presidente de "inimigo da cultura" após o veto Imagem: REUTERS/ADRIANO MACHADO

Do UOL, em São Paulo

05/05/2022 09h48Atualizada em 05/05/2022 09h55

Políticos de oposição ao governo federal criticaram, hoje, o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) à nova lei Aldir Blanc, que criaria uma política nacional de fomento permanente à cultura, com a previsão de repasse anual de R$ 3 bilhões da União para estados e municípios.

Bolsonaro alegou que o projeto é "inconstitucional e contraria ao interesse público". A Controladoria-Geral da União, o Ministério do Turismo e o Ministério da Economia também manifestaram-se pelo veto da lei, batizada em homenagem ao compositor e músico que morreu em maio de 2020, aos 73 anos, em decorrência da covid-19.

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), autora do projeto, disse que Bolsonaro despreza o setor cultural e todos os brasileiros que atuam nele e prometeu atuar para derrubar o veto presidencial.

"O veto acontece exatamente dois anos após a morte de Aldir Blanc, vítima de covid-19. Vamos à luta para a derrubada do veto. Juntas e juntos, somos mais fortes que esse governo INIMIGO DA CULTURA", escreveu a parlamentar.

Ao comentar a decisão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que Bolsonaro "é o verdadeiro vilão da história" do país.

O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) também se comprometeu a trabalhar para derrubar o voto e disse que a cultura "não pode continuar sendo destruída" pelo governo.

O coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à Câmara, chamou a decisão de "absurda". "O fascismo odeia a cultura!" escreveu.

A deputada Erika Kokay (PT-DF) disse que Bolsonaro "faz um governo obscurantista e medieval" e o chamou de "inimigo da cultura".

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), coautora do projeto, classificou o veto como "cruel".

"O inimigo da cultura vetou integralmente a Lei Aldir Blanc, mas vive abrindo os cofres para o orçamento secreto. Faltam apenas cinco meses para o Brasil se livrar desse estorvo", escreveu a deputada Lídice da Mata (PSB-BA).