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PGR se manifesta para que caso Weintraub e Lewandowski vá para 1ª instância

Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, - Walterson Rosa/Ministério da Educação
Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, Imagem: Walterson Rosa/Ministério da Educação

Do UOL, em São Paulo

11/05/2022 18h07

A vice-procuradora da República, Lindôra Maria Araujo, assinou hoje documento que solicita a mudança do caso de suposta tentativa de compra da casa de Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), para a 1ª instância.

De acordo com a petição da PGR (Procuradoria-Geral da República), a mudança de instâncias deve acontecer pois o "suposto autor dos fatos não é autoridade detentora de foro por prerrogativa de função". O autor, Weintraub, não tem mais foro especial, já que não é mais ministro ou político eleito.

"No presente caso, o suposto autor dos fatos não é autoridade detentora de foro por prerrogativa de função, razão pela qual se conclui que a Procuradoria-Geral da República não tem atribuição para atuar no presente caso", escreveu a PGR no documento.

Relembre o caso de Weintraub e Lewandowski

Em fevereiro desse ano, o ex-ministro da Educação prestou depoimento à Polícia Federal, relatando que o ministro do STF tentou comprar sua casa em São Paulo - mesmo sem o imóvel estar a venda.

Em podcast na época, Weintraub acusou um juiz do STF, possivelmente referindo-se a Lewandowski, de lhe negar "habeas corpus", quando queria queria deixar de ser considerado como investigado num inquérito baseado na antiga Lei de Segurança Nacional. Segundo o ex-ministro, foi a partir daí que o juiz começou a apresentar interesse por ele.

A justificativa para essa tentativa de compra, que supostamente ocorreu no início do segundo semestre de 2021, foi de que Weintraub já estava "residindo no exterior" e não voltaria ao Brasil.

Weintraub também relatou à autoridade policial que seu advogado, Auro Tanaka, o contou uma troca que teria ocorrido entre a corretora do imóvel e o ministro Lewandowski.

"Abraham Weintraub mantém a afirmação e reitera que ouviu a frase 'casa bonita. De quem? Falaram: Abraham Weintraub. Pergunta pra ele se ele não quer vender para mim, já que ele não vai voltar mais pro Brasil?' atribuída ao mencionado Ministro, e que a ouviu de seu advogado, Auro Tanaka", afirma o documento da PGR.